A História de Sinué


Não é de se admirar que o período de Sesóstris (Senusert) tenha sido considerado, como aquele em que a língua egípcia atinge a sua idade "clássica".

Quando se inicia nos hieróglifos, se começa a leitura pelos textos do Médio Império como o Conto do Náufrago ou o Romance de Sinué.


O Romance de Sinué – trata-se de uma história completa, reconstituída graças a diversos papiros e ostracas. A narrativa é feita na primeira pessoa. Sinué que significa "filho do sicômoro", conta a sua vida.

Nascido num meio modesto e educado na corte de Lischt, era servo do harém da rainha Snefru, esposa de Sesóstris I, ano 10 de seu reinado, partilhando o reinado com seu pai, Amenemhat I. Sesóstris I conduz uma operação militar no território líbio. Sinué que fez a viagem, vai se ver envolvido numa complicada situação que decidirá o seu destino.

No sétimo dia do terceiro mês da estação das inundações, no ano 30, o rei Amenemhat I subiu ao seu horizonte, unindo-se ao disco solar. Sesóstris recebe a notícia e parte imediatamente para regressar a capital. Sinué surpreende, em uma noite, a conversa secreta que parece revelar um complô contra o rei; foge, dominado por um grande pânico. "O meu coração perturbou-se", confessa, "os meus braços soltaram-se do meu corpo, pois todos os meus membros tremiam. Afastei-me de um salto, em busca de um esconderijo".

Sinué parte para sudeste, passa o extremo meridional do Delta, atravessa o Nilo e alcança "as muralhas do príncipe". Uma célebre fortaleza construída pelo Faraó Amenemhat I na fronteira nordeste do Egito para proteger o país contra eventuais investidas asiáticas no Delta. Caminha durante a noite, mas vai perdendo as forças. "Tive um ataque de sede, de modo que sufocava e tinha a garganta seca. Disse para comigo: ' É o sabor da morte ' ." Ouve mugir um rebanho. Beduínos aproximam-se, um xeque que havia estado no Egito reconhece Sinué e dá-lhe água e leite, levando-o para sua tenda.

Prossegue a vida de eremita, anda de terra em terra. Percorre a Síria-Palestina e chega a Qedem ao sul de Biblos e passa lá um ano e meio. É então levado pelo príncipe do Retenu superior, um principado palestino, e casa com a filha mais velha do príncipe, recebendo terras magníficas: "Produziam figos e uvas; o vinho era mais abundante do que a água; tinha muito mel e azeite em quantidade; as suas árvores davam frutos de todas as espécies. Também havia cevada e trigo, e o gado de todos os gêneros era enorme."

 Sinué passa alguns anos nesse paraíso. "Os meus filhos tinham-se tornado fortes, e cada um deles dominava a sua tribo." Sinué era general dos beduínos, alcança numerosas vitórias e a sua fama aumenta na região.


Um "valentão de Retenu", uma espécie de gigante que ninguém ainda conseguiu vencer, provoca o egípcio. "Dizia que lutaria comigo: pensava que me roubaria e propunha-se furtar o meu gado." Sinué não conhece o homem e não entende seu ódio. Mas prepara-se para o combate. Vence o adversário com uma seta lançada em seu pescoço, o gigante cai de bruços, abate-o com seu próprio machado e brada a vitória.

Mas Sinué não é feliz "Ó deus, sejas tu quem fores que predestinaste esta fuga, sê clemente e devolve-me à corte." Os antigos egípcios, quando no estrangeiro, desejavam voltar ao Egito, a idéia de não poderem ser enterrados em sua terra era insuportável. As suas preces foram atendidas e o faraó envia uma carta ao egípcio exilado: "Regressa ao Egito, para que voltes a ver a corte em que cresceste, para que beijes a terra da dupla grande porta e te reúnas com os amigos" escreve Sesóstris I.

Sinué distribui os seus bens pelos filhos. Quando chega ao palácio do faraó em Lischt e depara com Sesóstris fica tão emocionado que perde os sentidos. O rei se mostra amigável e benévolo chegando a dizer à rainha: "Olha como Sinué parece um asiático, um verdadeiro filho de beduínos!". Sinué é de novo introduzido no círculo dos nobres, dos próximos ao monarca. É instalado numa casa principesca. Tem cerca de 60 anos e passou pelos menos 25 no estrangeiro. Operários são encarregados de restaurar uma casa no campo que havia pertencido a um nobre. E é lá que Sinué terminará os seus dias, num túmulo preparado com muito esmero. "Eu fui contemplado pelos favores reais até o dia da minha morte".

Assim nos é apresentado este belo texto que evoca maravilhosamente o tempo de Sesóstris e a requintada civilização dos faraós do Médio Império. O mundo sírio-palestino é descrito com certa precisão e sem preconceitos, em grande contraste com o Egito e a sua corte real, onde se afirmam os valores espirituais e culturais. Elegância da língua em que o texto é redigido, encanto da aventura, profundidade dos pensamentos e dos símbolos: O Romance de Sinué merece ser considerado uma obra-prima.


do livro' O Egito dos Grandes Faraós' de Christian


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A grandeza do Rei David


Na obra Chovat HaLevavot (Deveres do Coração), de Rabi Pakuda, consta que "Às vezes, um pecado tem maior efeito sobre o indivíduo do que uma série de boas ações". Imediatamente após a dura repreensão do profeta Nathan por ter tomado Bat Sheva como sua mulher e enviado Uriah à morte, o rei David admite seu grave erro. Ele não se justifica, apesar de ter argumentos em sua defesa, como outros fizeram. Em vez disso, segue a trilha do arrependimento que o leva a aniquilar o mau instinto que nele residia.

Seu erro o impulsionou a alcançar as Alturas. Mais ainda, conseguiu abrir as portas do arrependimento também a nós, seu povo.

Quando um judeu peca, quando se entrega à mercê de D'us, especialmente no Yom Kipur - ele encontra conforto na idéia de que mesmo um homem da estatura de David ha-Melech cometeu erros. Mas se arrependeu. E o confessou. E, por isso, foi perdoado.


Se os maiores homens mencionados na Torá, entre eles, Adão, Moshê e o Rei David, não tivessem errado, que esperança nos restaria, a nós, simples judeus?

A grandeza do Rei David

Ninguém teve uma vida mais difícil do que David, desde que nasceu até o último de seus dias. Cresceu no ostracismo. Mesmo após vencer Golias e fielmente servir ao rei Saul, foi constantemente perseguido pelo monarca.

Quando este morreu, outros sete anos transcorreriam até que o povo aceitasse David como seu rei - ainda que tivesse sido ungido pelo profeta Samuel. E, enquanto Rei, enfrentou a violenta insubordinação do mais valente general de Israel, Yoav; o polêmico episódio que envolveu Bat Sheva; assassinatos, tragédias e revoltas no seio de sua família - e as punições Divinas que recaíram sobre ele.

Contudo, a despeito de tudo o que vivenciou, suas facetas de grandeza humana permaneceram inalteradas. Ao longo de sua vida, sua fé em D'us era completa e inabalável, por mais desestimulantes que fossem as circunstâncias. Incondicionalmente devotado a seu povo, mesmo como Rei, nunca hesitou em enfrentar perigo mortal para defender os seus.

Foi um valente guerreiro e um líder carismático, que alçou seu povo de uma humilhante derrota e do desespero nacional ao triunfo e à autoconfiança. E, quanto mais poderoso se tornava, mais humilde ficava. Reverenciava a D'us e à Sua Torá e aos Profetas. Estava aberto à repreensão, pronto a admitir seus erros. David veio ao mundo para ser, por todo o sempre, o mentor do arrependimento.

Os Salmos de David, que levam o selo indiscutível de um homem sobre quem D'us repousou a Sua Presença, constituem grande parte das orações da liturgia judaica e são recitados dia após dia, inclusive no Shabat e nas festas judaicas. Até hoje, como há milhares de anos, os Salmos têm revigorado o espírito dos seres humanos, inspirando e consolando não apenas o povo judeu, mas toda a humanidade.

Todos os atos do rei David foram em favor de D'us e de Israel. Sua devoção a nosso povo se reflete no último capítulo do segundo Livro de Samuel. O povo de Israel é punido com uma praga terrível, e o Rei que não consegue tolerar o sofrimento de seu povo, suplica a D'us: "Senhor, é fato que pequei... mas este Teu rebanho - que mal fizeram eles?" Em sua devoção a Israel, David aceitava qualquer culpa sobre si para evitar o sofrimento de Am Israel.

Sua vida, tão cheia de percalços, deve ser analisada à luz da História Judaica, que demonstra que D'us desejava que os eventos que levariam à vinda do Mashiach transcorressem em meio a dificuldades, para fazer ver ao homem que os grandes êxitos podem ocorrer mesmo em meio às mais insólitas e difíceis situações. Salta aos olhos o fato de os eventos que levaram ao nascimento do rei David e de sua dinastia - na verdade, o instrumento da Era Messiânica - somente terem sido possíveis através de uma cadeia de desafios e de milagres.


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Tutancâmon



O faraó mais conhecido para o público é um dos mais desconhecido e menos importante da história egípcia. Esse é Tutancâmon. A descoberta de seu túmulo em 1922 por Howard Carter que deu a esse faraó a celebridade mundial.


O príncipe Tutancaton viveu na corte de Amarna, foi rei aos 9 anos e morreu aos 18 anos (1347-1338 a.C). Era filho de Akhenaton, de Amenófis III, ou plebeu... Desposa a terceira filha de Akhenaton, mas está pouco presente na vida pública. Seu nome é mencionado em textos, mas não é representado nas cenas dos túmulos ou nas estelas. Ao casar-se é uma criança unida a uma menina muito jovem. Essa criança se torna faraó, investido do supremo cargo num país conturbado e dominado pela incerteza, dividido entre os partidários de Amon e Aton.


A sagração não se realiza em Amarna e sim em Tebas. Dois homens o protegem:

Ay "pai divino – tenente geral dos carros, hábil cortesão que manteve os contatos entre as duas cidades, conciliador que evita uma guerra cívil;

Horemheb – general de fibra que comanda as forças armadas, verdadeiro senhor do Egito.

Tutancaton passa a ser Tutancâmon, o que mostra o abandono da doutrina de Aton a favor da religião de Amon – o grande deus do império volta a ocupar o primeiro plano.

Uma estela em quartzito, conservada no Museu do Cairo, tinha sido instalada no ângulo nordeste da grande sala hipóstila de Karnak. É nomeada "da restauração" pois conta-nos como, sob a inspiração divina de Amon, Tutancâmon devolveu seu país ao bom caminho. Horemheb que teria inspirado este grande projeto, usurpará o documento, de modo a outorgar-se o benefício das ações empreendidas por Tutancâmon.


Diz-se que o novo rei dirigiu-se ao seu palácio de Mênfis. Aconselhou-se com o seu coração e percebeu que o reinado de Akhenaton havia sido desastroso. Era indispensável restabelecer a harmonia para agradar a Amon e às grandes divindades. Os templos dos deuses e das deusas, de norte a sul, de Elefantina aos pântanos do Delta, encontram-se em estado lamentável. Os santuários estão abandonados. Só restam ruínas. As salas secretas estão todas escancaradas. O culto já não é assegurado de acordo com as tradições. Os deuses deixaram o Egito.


O mais urgente é moldar uma estátua de Amon em ouro e incrustada de pedras raras e maior do que as anteriores. O clero de Tebas ficará satisfeito. Outra estátua será dedicada a Ptah, senhor de Mênfis. Os notáveis e seus filhos são restabelecidos nas suas funções. As riquezas que pertencem aos templos lhe são restituídas. Amon amará assim a Tutancâmon mais do que a qualquer outro faraó.

– Poderíamos crer depois de ler este texto que Tutancâmon desenvolveu uma imensa atividade arquitetônica, mas na realidade só houve renovações no domínio econômico.


Tebas – recupera o estatuto de capital político-religiosa, muitas estátuas apresentam o nome de Tutancâmon
Luxor – vemos o rei oferecer flores a Amon
Heliópolis – se considera o senhor da cidade
Horemheb o general, impediu qualquer tipo de invasão, Tutancâmon lhe deu todos os poderes, era o "escolhido do rei", favorito dos favoritos, o confidente dos confidentes. Horemheb era um escriba, um homem culto, que ama acima de tudo o direito e a justiça.


Com 15 anos e no seu 6º ano de reinado Tutancâmon está habituado ao modo de vida da corte e começa a conhecer o seu ofício de rei. O Egito reafirma sua presença e o jovem faraó está prometido a um futuro brilhante. Mas Tutancâmon morre aos 18 anos, seu túmulo não está pronto e o enterram num modesto jazigo, que não estava destinado a abrigar um rei.


Sua viúva Ankhesenamon, desposará Ay, escreve uma carta ao rei dos hititas. A versão cuneiforme conservou-se:

"o meu marido morreu, os teus filhos são adultos. Envia-me um deles. Desposa-lo-ei e farei dele um rei do Egito".

O rei hitita desconfia e manda outra mensagem perguntando:

Onde está o filho de Tutancâmon? como morreu este?

Esta troca de mensagens leva tempo e há que agir depressa.

"o meu marido morreu, eu não tenho filhos".

Depois de refletir e constatar que a rainha não mentia e que era talvez possível explorar a situação, enviou seu filho para ser coroado no Egito. Mas levou tempo demais e Ay, já tinha se tornado faraó. O jovem rei hitita nunca chegou ao Egito, talvez assassinado, fato que tornou ainda mais tensas as relações entre hititas e egípcios.

Reinado de Ay


É em seu túmulo que está gravado o «Grande Hino a Aton»

Já idoso, reina durante 4 anos ( 1337-1333 a.C ), resolve os assuntos correntes com a aprovação de Horemheb.

Reinado de Horemheb
Reina por 27 anos ( 1333- 1306 a.C ), depois de servir a 3 faraós: Akhenaton, Tutancâmon e Ay. Sua tomada de poder foi legitimada. Desposou uma princesa de sangue real. Usurpou os monumentos de Tutancâmon e de Ay, apaga os três reinados que o precederam e liga-se diretamente a Amenófis III, que considera seu antepassado. Em Tebas manda desmontar as construções de Akhenaton, mas não as destrói. Horemheb reorganiza o Egito. A autoridade central é restaurada. Um verdadeiro faraó está de novo à frente do país. Nem mesmo os mais altos funcionários escapam à justiça.

Sendo um rei piedoso, desconfia da casa sacerdotal, e escolhe alguns sacerdotes entre os seus amigos militares. Reorganiza tribunais, colocando à sua frente homens íntegros. A circulação do Nilo é restabelecida, permitindo que a economia funcione.

Com esse reinado pacífico, chega ao fim a 18ª dinastia, a mais célebre da história egípcia. A 19ª dinastia instaura-se com um rei soldado como Horemheb. O Egito prepara-se para conhecer uma etapa do seu longo percurso em que a guerra assumirá uma importância cada vez maior.

câmon não deixou muitos vestígios históricos, mas o tesouro artístico, espiritual e simbólico que nos legou fez brilhar a glória do Egito por séculos e séculos.


Fonte: 'O Egito dos Grandes Faraós' história & lendas' de Christian Jacq

Ay conduziu as exéquias de Tutancâmon e procedeu ao ritual da abertura da boca na múmia real. Ay era já um homem importante na corte de Amenófis III, seu prestígio cresceu em Amarna, onde foi um dos íntimos de Akhenaton.


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Primeiro Templo, ou de Salomão





Primeiro Templo, ou de Salomão

Quatrocentos e oitenta anos depois que o povo de Israel havia saído do Egito, no quarto ano do reinado de Salomão em Israel; no mês de fevereiro, Salomão começou a construir o Templo (1Reis 6).

No décimo primeiro ano de seu reinado, no mês de agosto, terminou completamente o Templo, levando, portanto, sete anos para construí-lo. Salomão também construiu o seu palácio e levou treze anos (13) para terminá-lo. Salomão reinou em Israel por 40 anos, sete anos da cidade de Hebrom e 33 de Jerusalém, se não me falha a memória.



O primeiro Templo construído por Salomão, entre 967 e 964 a.C., serviu como centro de culto a Deus em Israel por quase 400 anos, até sua destruição em 586 a.C., por Nabucondonossor na tomada de Jerusalém. A destruição do Templo se deu porque Salomão desobedeceu ao Senhor, pois ele havia ordenado que os israelitas não se casassem com mulheres estrangeiras, porque elas fariam com que seus corações se voltassem para outros deuses.

SALOMÃO, além da filha do rei do Egito, casou-se com mulheres hetéias e com mulheres dos países de Moabe, Edom, Amom e Sidom, num total de 700 esposas e 300 concubinas. Construiu na montanha a leste de Jerusalém, lugares para adoração de Quemos, deus de Moabe; Moloque, deus de Amom. Também construiu lugares de adoração, onde suas esposas estrangeiras queimavam incenso e ofereciam sacrifícios aos seus próprios deuses. O SENHOR, DEUS de Israel, havia aparecido duas vezes para Salomão e ordenado que não adorasse deuses estrangeiros. Mas em consideração a DAVI, o Senhor permitiu a destruição do Templo somente após a morte de Salomão, no reinado de seu filho Roboão (1Reis 11).

No dia 10 de outubro, trincheiras foram cavadas em volta da cidade, que ficou sitiada por dois anos. No dia 9 de abril, o rei Sedecias fugiu, mais foi perseguido e preso pelos Caldeus e conduzido ao rei da Babilônia em Rebla (Síria), onde foi julgado. Teve seus olhos vazados, foi acorrentado e conduzido da Babilônia; antes, porém, assistiu a chacina de seus filhos.

Toda a população de Jerusalém, todos os dignatários e homens abastados, num total de 10.000, foram deportados para Babilônia. Inclusive os ferreiros e serralheiros de modo que só ficasse a população pobre do país.

Nabucondonossor em 7 de maio ordenou que o comandante de sua guarda e oficial Nabuzardã ateasse fogo no Templo do senhor, no palácio real e em todas as casas de Jerusalém, além de demolir as muralhas de Jerusalém em toda sua extensão. (o Menorá iluminou este templo por 400 anos)

Segundo Templo, ou de Zorobabel

Entre os 10.000 Israelitas levados cativos a Babilônia, estava o rei Jaconias. O filho de Jaconias, Zorobabel, após 70 anos de escravidão e da morte de Nabucondonossor, obteve de CIRO seu sucessor, a autorização de voltar a Jerusalém, em 536 a.C., e levantar as ruínas do Templo. Mais as obras só começaram por volta de 520 a.C.

Este atraso se deu devido ao fato que os Israelitas eram constantemente hostilizados pelos samaritanos, seus vizinhos, que tinham construído um Templo e, dominados pela inveja, se opunham à reedificação do Templo de Jerusalém. A obra só continuou após Zorobabel obter do rei Dario, sucessor de Ciro, a expedição de decreto, o qual punia com a morte os vassalos que perturbassem os obreiros nos trabalhos de reconstrução da cidade de Jerusalém e do Templo.

Esse segundo templo, ou de Zorobabel, ao que parece foi construído no mesmo lugar que o Templo de Salomão, só que menos imponente. Neste segundo templo, o “Santo dos Santos” foi deixado vazio, pois na destruição de Jerusalém em 586 AC, a Arca da Aliança desapareceu. Diz a lenda que a “Arca da Aliança” fora conduzida aos céus. Voltaremos a falar da Arca da aliança mais tarde, com a Ordem dos Cavaleiros Templários.
Esse segundo Templo foi saqueado por Antioco IV no ano de 168 a.C. Três anos mais tarde, em 165 a.C., Jerusalém foi retomada por Judas Macabeu, que restaurou o Templo e restabeleceu o culto.

Nesta época, surge o candelabro de Nove braços, destacando-se o nono, central, que sobressai dos restantes oito, que são colocados na mesma linha horizontal. É o Hanukah, que significa restauração, comemorando a vitória dos Macabeus (o Menorá iluminou por 420 anos este segundo templo).



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A geografia egípcia

O Egito foi o primeiro povo na terra a criar um Estado nação. Incorporando crenças espirituais e aspirações de seu povo, se estabeleceu como uma teocracia. Com uma cultura extraordinariamente forte, confiante e duradoura, se mantendo por 3000 anos, com pureza de estilo. No antigo Egito – Estado, religião e cultura, formavam uma unidade incontestável.



___________A geografia______________
Impossível conceber a civilização egípcia antiga, sem considerar sua situação geográfica:
o deserto

o rio Nilo

o vale produtivo

Os egípcios se conscientizaram tanto da imobilidade quanto do isolamento nacionais. Achavam ter sempre habitado o vale do Nilo como uma raça diferenciada e que o território com seus desertos circundantes, existira desde a criação. Se enganavam, pois houve uma época que todo o Egito foi habitável. Por volta de 10.000 a.C , as chuvas locais diminuíram aceleradamente, e as pastagens e savanas da planície egípcia se transformaram em deserto.


O Nilo parece ter começado a adquirir seu curso atual há cerca de 10.000 anos. Por muitos milênios, a região desde a Primeira Catarata até Tebas foi um lago, ao passo que grande parte do delta permaneceu alagadiça até a nossa era.


Desde os tempos mais remotos, os egípcios dividiram o país em duas partes:
keme a negra – cultivável e habitável

deshret a vermelha – o deserto

Tal dualismo parece ter sido incorporado pela personalidade egípcia. O próprio país foi visto como dividido em duas metades:
o Vale – Alto Egito

o Delta – Baixo Egito

A configuração geográfica do Egito se completou com suas barreiras externas:
ao sul – as cataratas cortam o país
a oeste – o Deserto líbio
ao leste – o Deserto Oriental, mar Vermelho e o Deserto do Sinaí
ao norte – o Delta


O Nilo – isolado do resto do mundo, o Egito foi dominado pelos ritmos de seu rio. Entre a baixa das águas e a inundação, o volume aquático do Nilo Azul, se eleva em média de 2133 metros cúbicos por segundo para mais de 106.680. Em Elefantina, próximo a Primeira Catarata, e no Velho Cairo, os antigos egípcios estabeleceram os nilômetros – marcos de pedra à margem do rio para registrar e predizer seu comportamento. O Nilo e sua inundação, chamada Hapi, eram venerados como deuses.

Hapi era barbado, com alismas germinando de sua cabeça e seios femininos pendurados em seu corpo, simbolizando a fertilidade.

O ano agrícola começava quando as águas transbordavam, o processo tinha que estar pronto até o fim de maio, quando as águas voltavam a subir. O ano agrícola era constituído de 3 temporadas: 1. inundação 2. semeadura 3. colheita


O Nilo além da fertilidade, proporcionou aos egípcios o transporte, e foi o país da antiguidade com melhor comunicação interna. Construíram barcos de sicômoro, a única árvore que o país produzia em abundância. A indocilidade do rio estimulou a criação e a organização de uma economia de armazenamento.

A emergência do Egito como uma potência civilizada no fim do 4º milênio antes de Cristo – sua "ascensão" como uma cultura incorporada a um Estado e uma economia – foi uma conquista e um processo sobretudo religioso (um dos primeiros centros no Egito a adquirir uma personalidade religiosa definida e a agir como um foco político foi Heliópolis, com o deus-Sol Rá); e foi exatamente o declínio da vitalidade religiosa que levou a cultura egípcia ao colapso nos primeiros séculos da era cristã.

Origem: 'História Ilustrada do Egito Antigo' de Paul Johnson


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Ramses II

Ramses II


Da sua vida pessoal, quase nada se sabe.

A sua primeira e favorita rainha foi Nefertari.

O fato de, em Abu Simbel, o mais pequeno lhe ter sido dedicado, e à Deusa do Amor, mostra o afeto que existiu entre eles. Ela parece ter morrido comparativamente cedo, no reinado, e o seu belo túmulo, no Vale das Rainhas, em Tebas, é bastante conhecido.


Outra função dos faraós era travar batalhas constantes contra os invasores do Alto e do Baixo Egito. Quatro anos após Ramses II ter sucedido seu pai, Seti I, aos 25 anos, os inimigos de sempre dos egípcios, os Hititas, invadiram o Baixo Egito pelo norte. O inexperiente faraó juntou rapidamente um exército de 20000 homens, e marchou para a faixa de Gaza para enfrentar um exército hitita com quase o dobro de soldados. A batalha acabou, em termos territoriais, igual. Depois de muitas mais escaramuças, durante cerca de quinze anos, o sucessor de Muwatalli, Hatuusilis III, pediu um tratado de paz, que o Egito aceitou.


Este tratado durou o resto da vida de Ramses. No entanto foi muito ajudado pelo se casamento com Maat-Hor-Neferure em 1246 a.C., casamento este que por pouco não se realizava por causa de divergências quanto ao dote. Sabe-se também que, mais tarde, o faraó casou com outra filha do rei Hitita cujo nome se desconhece.

Numa época em que a expectativa de vida era, em média, de 40 anos, Ramses deve ter parecido quase imortal ao viver até os 92 anos, idade em que, finalmente e faraó vai para o “Mundo de Osíris”.



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Os cemitérios reais


O falcão voou para o céu... e o rei, seu filho, está sentado no trono de Rá em seu lugar

Assim o chefe da Medjay (polícia) anunciou "ao povo dos túmulos" a morte do faraó e a ascensão de seu sucessor ao trono, em um papiro conservado em Turim. Esse anúncio era seguido de uma sequência de cerimônias funerárias, que culminavam no sepultamento da múmia em uma tumba, munida com tudo aquilo que era considerado necessário para o local de descanso do filho de Rá e para garantir magicamente sua regeneração.




Desde os tempos remotos, as tumbas da realeza eram distintas das de seus súditos, da mesma maneira que o destino espiritual dos reis era diferente. As mastabas de "fachada de palácio" do início do Período Dinástico, depois as pirâmides em degraus e por fim as verdadeiras pirâmides (e não só os famosos exemplares de Quéops, Quéfren e Miquerinos) parecem, em sua estrutura sólida e impenetrável, simbolizar os "tronos eternos" dos homens que personificaram o deus Hórus e que foram os governantes do mundo. Esse era um mundo também considerado seguro e imutável.


No entanto os eventos acabaram por demonstrar a fragilidade intrínseca, tanto da estrutura política, abalada pelas revoluções do Primeiro Período Intermediário, quanto da presumida invulnerabilidade das pirâmides, como foi amargamente notado em um famoso texto:


Assim, aquele que foi sepultado como um falcão foi arrancado de seu sarcófago. O segredo das pirâmides foi violado... Assim, aquele que estava impossibilitado de fazer um ataúde, agora tem uma tumba. Assim, os mestres dos lugares sagrados, foram lançados no deserto (de Lamentações de Ipu-ur).


Com o restabelecimento do poder centralizado no começo do Novo Império, os cemitérios reais foram transferidos para as imediações da capital do reino na ocasião, onde quer que ela estivesse. As tumbas dos governantes de Tebas da 11ª dinastia estavam localizadas na margem oeste do Nilo em Tebas, em el-Tarif e em Deir el-Bahri (como a tumba monumental de Mentuhotep I), enquanto eles retornavam ao norte com a 12ª dinastia.


Durante o Segundo Período Intermediário, marcado pela traumática experiência da invasão dos hicsos, Tebas foi o centro da construção das tumbas dos reis da 13ª dinastia e posteriormente dos da 17ª dinastia, que foram os responsáveis pelo contra ataque que culminou na expulsão dos invasores. Essas tumbas, assim como as da 11ª dinastia, também eram localizadas em áreas contíguas às zonas habitadas, em Dra Abu el Naga, nas encostas das colinas que fechavam o Vale do Nilo a oeste. A múmia de Seqenenre Tao II, cujos danos provocados à cabeça são a evidência de uma luta sangrenta que terminou com a vitória de seus sucessores Kamose e Amosis, veio de uma destas tumbas não identificadas.



Os governantes da 18ª dinastia, depois de se transformarem nos senhores incontestáveis do país escolheram um vale atrás de Deir el-Bahri como seu "trono da eternidade". O vale era isolado e invisível para as pessoas que habitavam as margens do rio e o complexo funerário tradicionalmente integrado, consistindo na tumba e no templo, foi assim dividido. O templo funerário, "a casa dos milhões de anos", permanecia perto do Nilo para assegurar a perpetuação do culto devido ao rei por toda a eternidade. O local de sepultamento era isolado, em uma área inacessível pelas montanhas que a rodeavam, aberta apenas em uma única passagem estreita, usada pelas procissões funerárias. Este local chamado Vale dos Reis, é conhecido em árabe como Biban el-Muluk (portas dos reis). Para os antigos egípcios, ele era o Ta-set-aat, "o grande palácio", ou mais simplesmente Ta-int, "o vale". Um cume piramidal, "a cúpula" dominava a paisagem do vale, sua forma simbólica pode ter sido um fator na seleção deste local. O vale principal se dividia:

Vale Oriental – que contém a maioria das tumbas, e
Vale Ocidental – de beleza extraordinária e selvagem, com seus precipícios íngremes de pedra; estão localizadas apenas as tumbas de Amenófis III e de Ay.

A tumba mais antiga é a de Tutmés I, que também era associada ao nome de Ineni, o arquiteto que a projetou e construiu. Os operários chegavam ao vale através de uma trilha que partia de uma aldeia, a atual Deir el-Medina que era isolada e inclusa entre paredes de pedra.

 Os habitantes eram as pessoas envolvidas na construção das tumbas: pedreiros, escribas, pintores, escultores, carpinteiros e ourives. O isolamento serviu para garantir o segredo do que se passava no Vale dos Reis e no Vale das Rainhas – localizado ao sul da aldeia, abrigava os corpos dos filhos, das esposas e dos parentes dos governantes. As tumbas dos reis eram escavadas profundamente nos precipícios e eram compostas de uma série de degraus, rampas e corredores, com ocasionais poços profundos interrompendo as passagens.

 A câmara funerária era maior que as outras salas e seu teto era geralmente apoiado por pilares esculpidos na pedra. A sucessão de salas variou com o decorrer do tempo. Na 18ª dinastia (com exceção da de Ay) planta em ângulo reto com mudança brusca na direção a partir da metade do caminho. As da 19ª dinastia organizadas em linha quase reta, com uma leve angulação, a partir da metade do caminho.



Vale dos Reis




O lugar era escolhido pela:
seleção da qualidade da pedra e a
a proximidade com as tumbas prévias
Os operários eram divididos em duas equipes, que trabalhavam juntas:
1. os pedreiros e os operários – escavam a tumba e removem quantidades enormes de fragmentos de pedra calcária;
2. os escultores e os pintores – cobriam as paredes e os tetos da salas e dos corredores com cenas e textos destinados a garantir ao faraó a vida após a morte.


Apesar das tumbas do vale serem escondidas e protegidas pelas equipes da Medjay (polícia), logo começaram a ser o centro das atenções dos ladrões. Já na 18ª dinastia há testemunhos precisos de violação das tumbas reais. A situação piorou até o ponto em que no início da 21ª dinastia não era mais possível defender o vale. Várias múmias reais ainda não foram encontradas. Pode muito bem haver outro esconderijo ou sepulcro comunal, como o descoberto em 1908 na Tumba de Horemheb, que ainda precisa ser interpretado corretamente. A atual renovação da atividade arqueológica no vale por parte das autoridades egípcias e as numerosas missões estrangeiras sugerem que o futuro nos pode trazer mais surpresas.


do Livro 'Tesouros do Egito' do Museu do Cairo – Editado por Francesco Tiradritti e Fotografias de Araldo De Lucca – texto de Anna Maria Donadoni Roveri


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A rainha Touya


–Touya, esposa de Sethi I e mãe de Ramsés II –

Quando Horemheb morre, é um velho vizir, que um conselho de sábios escolhe para governar o Egito: Ramsés, o primeiro monarca de uma longa linhagem que compreenderá 11 Ramsés (que reinou dois anos de 1293-1291 a.C).

 Seu filho o sucedeu Sethi I – faraó de extraordinária envergadura, 13 anos de reinado de uma verdadeira idade áurea:

conteve a ameaça hitita impôs a calma no turbulento protetorado da Síria-Palestina construiu o grande templo de Osíris em Abidos



Para viver ao lado de tal faraó, era necessário uma grande esposa real dotada de uma forte personalidade, foi o caso de Touya, também chamada Mut-Touya, para sublinhar o seu papel de "grande mãe". Gerou o "filho da luz", Ramsés II, que reinou 67 anos.

Guardiã do espírito da monarquia faraônica, viveu o derradeiro apogeu do poder egípcio. Touya sobreviveu pelo menos 22 anos ao seu marido, e durante os primeiros 20 anos do reinado de seu filho, exerceu uma influência considerável na corte.

Uma estátua de 3 m de altura, conservada no Museu do Vaticano, mostra Touya sob um aspecto de mulher colossal e altiva. Ramsés II tinha veneração pela mãe, como mostram estátuas e baixos relevos consagrados a sua memória. Em Tebas, do lado norte do seu "templo de milhões de anos", Ramsés II mandou construir para Touya um pequeno santuário em arenito, com pilares coroados por capitéis representando o rosto da deusa Hathor, a construção exala a rainha-mãe e a sua função teológica.


É provável que Touya tenha morrido depois da paz do Egito com os Hititas. Com mais de 60 anos, foi enterrada num túmulo do Vale das Rainhas, por certo profusamente decorado e contendo um abundante e luxuoso mobiliário fúnebre. Essa morada eterna foi saqueada e devastada.

Uma das tampas dos vasos que continham as vísceras da rainha foi preservada e representa o rosto de Touya com uma pesada peruca, com um fino sorriso, extraordinária juventude, emana dessa modesta escultura que rasgando as sombras da morte, preserva a memória de uma rainha do Novo Império.

Venerada em todo país, Touya foi o perfeito símbolo da rainha mãe, discreta e ativa, mantendo a tradição das mulheres de Estado ligadas à grandeza do Império.


Origem: 'As Egípcias' de



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Os Cavaleiros Hospitalários de São João Batista de Jerusalém

A génese: A Ordem de S. João de Jerusalém fundada mesmo antes da tomada desta cidade pelos exércitos da Primeira Cruzada, corria o ano de 1099, começou por ser uma comunidade monástica que administrava um hospício-enfermaria para os peregrinos que se deslocavam à Terra Santa e, segundo um monge chamado de Bernardo, já existia em 870 com a designação de hospital para latinos, isto por oposição aos peregrinos gregos. A designação acaba por ser genérica e pouco elucidativa pois nessa época vários povos, do Mundo Mediterrânico, mantinham em Jerusalém diferentes hospícios. Por informações avulso, sabemos ter existido um hospital com a invocação de S. João, mas da Alexandria, fundado e mantido por amalfitanos (Amalfi era, à época, uma poderosa cidade republica do Sul de Itália). Esta instituição, pelo que sabemos, observava as regras Beneditinas, então com grande implementação entre a cristandade.


 Os frades vestiam de negro e usavam a cruz de Amalfi, a mesma que figura numa moeda desta da cidade-república cunhada entre os séculos X e XII. Assim, é credível que a orientação do beato Gerardo, com vista à reforma e sequente independência em relação às canónicas beneditinas, instaurando uma Ordem mais formal e com regra de S. Agostinho, por Bula Papal datada de 15 de Fevereiro de 1113, respondeu, por um lado, às novas realidades politicas, sociais e militares de Jerusalém e, por outro lado, ao centralismo político e religioso Papal.


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Maria Stuart

Maria Stuart foi uma das mais famosas rainhas do século XVI, e que teve contra si o ódio e a maldade de soberanos Ímpios.

Foi Linlithgow, cidade da Escócia, que serviu de berço a encantadora criancinha de nome Maria.

Os soberanos Jayme V. da Escócia e Maria de Loraine de Guise foram os pais de Maria Stuart.


Com a morte do rei escocês e com a decisão do parlamento anulando um a futura aliança entre Maria Stuart e o príncipe Eduardo de Gales, veio uma guerra entre a Inglaterra e a Escócia.

Mandada a bordo de um vaso de guerra da esquadra de Villegaignon, a jovem nobre escocesa chegou às terras da Gállia a 13 de agosto de 1548, onde desembarcou no porto de Roscoff.

Educada na corte francesa de Henrique III, e desejada para futura esposa do príncipe Francisco, teve uma bela instrução, tendo como mestre Buchnan, Ronsard, Loraine e outros.

Os nobres franceses tinham por ela verdadeira afeição, pois os seus cabelos louros e ondulados, os olhos de um cinzento claro, a sua esbelta estatura e aquele seu andar elegante, extasiava qualquer cavalheiro.

No dia 24 de abril de 1558, realizou-se na catedral de "Notre Dame" o casamento do príncipe Francisco com Maria Stuart, fazendo com que assim a aliança entre a França e a Escócia fosse sempre assegurada.

Morrendo Henrique III, subiu ao trono da França o herdeiro Francisco, esposo de Maria Stuart.

Em conseqüência de enfermidades, Francisco II morreu deixando sua jovem esposa viúva, que imediatamente resolveu rever sua pátria natal.

Maria Stuart deixou a bordo de uma galera o solo francês, a 14 de agosto de 1561. E quando já ao largo, Maria Stuart viu ir desaparecendo os contornos do litoral francês, disse com lágrimas nos olhos a seguinte frase de gratidão: "Adeus França, adeus, França, penso que nunca mais vos hei de ver".

Chegando à Escócia, desejosa de acalmar as revoluções religiosas, Maria Stuart nomeou para primeiro ministro, seu irmão natural Jayme Stuart com o titulo de conde de Murray, e logo depois casou-se com Danrley, filho do Duque de Lennox.

Depois de trair sua própria esposa e rainha, Danrley morreu vítima de uma explosão.

Maria Stuart então desposou Bothwell, um mercenario que chefiava a guarda imperial.

Batendo-se mais tarde com o revolucionário Murray, Bothwell perdeu a batalha.

Temendo cair prisioneira dos revoltosos, Maria Stuart pediu abrigo à sua prima Isabel rainha da Inglaterra.

Depois de encarcerada injustamente no castelo de Chartley, Maria Stuart teve de comparecer a um julgamento em Fotheringhay arranjado por Walsinghan secretario de Isabel.

Apesar dos veementes apelos e protestos da França e Espanha, a sentença para a morte de Maria Stuart foi assinada.

E, na manhã de 8 de fevereiro de 1587, Maria Stuart, apoiada ao braço seu médico francês, Bourgoing, subiu ao patíbulo, onde o gume do machado manejado pela mão férrea de um carrasco desceu sobre o seu pescoço, pondo fim à sua existência



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Collegia Fabrorum


Na Grécia encontramos uma Ordem Iniciática chamada Confraria de Dionísio, que era uma divindade originaria da Tracia e que construiu templos e palácios tanto na Grécia como na Síria e na Pérsia. Seus membros eram homens de ciência que não somente se distinguiam pelo seu saber como também porque se reconheciam por sinais e toques. Mantiveram um colégio em Theos, lugar que lhes fora designado como residência e onde eram iniciados os novos membros. Reconheciam-se por méio de toques e palavras; estavam divididos em lojas que eles denominavam colégios; cada colégio era dirigido por um Mestre secundado por inspetores que eram eleitos pelo período de um ano; celebravam assembléias e banquetes; os mais ricos ajudavam aos que se encontravam em má situação ou doentes e relacionavam a arte de construir com o estudo de mistérios.


Estas fraternidades estudavam não apenas técnicas de construção, mas também matemática, astrologia, música, poesia, retórica, gramática e oratória, formando verdadeiros centros filosóficos de saber e conhecimento.


Da Grécia, inúmeros membros da Ordem Pitagórica estiveram em contato com estas fraternidades; entre eles, Fídias (do Colégio de Argos, responsável pela reconstrução de Atenas), Platão, Aristóteles e Alexandre Magno (conhecido como “Alexandre, o Grande”, filho de uma sacerdotisa Dionísica, que levou os engenheiros e arquitetos gregos junto com suas tropas para adquirir conhecimentos em praticamente todos os territórios conquistados, trazendo para dentro da ordem um conhecimento vastíssimo).

Destas confrarias surgiram os Collegia Fabrorum romanos. Grupos que ainda não podiam ser chamados de “Guildas” mas que já traziam dentro de si o embrião do que mais tarde seria conhecido como “Maçonaria Operativa”. Seus membros eram escolhidos entre os melhores artesãos, pedreiros e escultores, permaneciam por 5 a 7 anos como aprendizes antes de passarem ao grau de Mestres, tinham leis e códigos de conduta específicos e juramento de silêncio a respeito das técnicas e métodos desenvolvidos.

Os membros do Collegia Fabrorum acompanhavam as legiões romanas e se tornavam responsáveis por construir as fortificações. Mais tarde, seriam designados também pelos Imperadores romanos como responsáveis pelas construções das catedrais sobre os templos sagrados dos povos dominados e a transformação dos templos pagãos em Igrejas Católicas sem perder o paganismo.

É importante guardar que os cultos de Orfismo (de Orfeus), Dionísicos, Bacantes e, posteriormente, os Collegia Fabrorum, sempre estiveram ligados aos deuses pagãos e aos rituais iniciáticos relacionados com a alta magia, em especial Mithra, o Sol Invicto, patrono das legiões romanas até Constantino, o marketeiro.

Claro que haviam círculos secretos dentro destas ordens, ramificações e especializações. O conhecimento se tornava cada vez mais especializado e disperso.

Por exemplo: a partir do século II ou III, já não havia mais qualquer resquício de rituais sexuais dentro dos Collegia Fabrorum, que se especializou na arte de construção. Por outro lado, existiam ritos orgiásticos como a Saturnália e os cultos às Bacantes, sendo que muitos destes costumes já haviam sido profanados e perdido seu significado original.

Claro… quando eu falo em “ordens iniciáticas”, os céticos costumam ficar confusos porque, na cabeça deles, aparece a imagem infantilóide de que ordens secretas são compostas de pessoas encapuzadas, sinistras, portando diversos símbolos “supersticiosos”, andando em círculos e carregando velas ao mesmo tempo em que constróem aquedutos. Mas a verdade é que, assim como nos dias de hoje, a população da época não tinha a menor idéia de quem somos e o que fazemos. E sim, os engenheiros romanos passavam pelas iniciações, com direito até mesmo a ser banhado em sangue de touro.

Alguém pode pensar “Ah, mas hoje em dia qualquer um pode ter acesso a este tipo de conhecimento, basta fazer uma faculdade de engenharia”. Mas não rasparam sua cabeça quando você entrou? não fizeram trote contigo? São os resquícios das iniciações nas fraternidades de conhecimento, já que foram estas Ordens Secretas que deram origem às Universidades, como veremos mais adiante nesta série.

Se você é engenheiro, advogado, médico, programador, psicólogo, veterinário ou outro profissional formado, você sabe muito bem a diferença entre um iniciado e um leigo. Um leigo (um peão de obras, por exemplo) pode até ter muita experiência e acompanhar muitas obras, mas nunca será capaz de projetar uma ponte. Um leigo pode trabalhar como enfermeiro por anos, mas nunca será capaz de fazer uma cirurgia complexa. Para estas coisas, exige-se o conhecimento que é passado de boca-a-ouvido e que não está em nenhum livro.

E o mesmo acontece com a magia. Muita gente acha que lendo livros e pesquisando vai aprender alguma coisa, mas magia é como natação. Você pode ler todos os livros que quiser, mas só vai aprender de verdade quando entrar em uma piscina e, para isso, você pode ter um professor para te explicar os passos ou mergulhar e ver o que acontece com o conhecimento que você obteve em livros…


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Djoser, o Magnífico


Quando o faraó Djoser sobe ao trono, tem início o Antigo Império egípcio, século XXVII, 3ª dinastia. Reina de 2640 a 2575 a.C (ou 2625-2605 a.C).

O Egito Antigo conhece um dos mais brilhantes períodos da sua história e há motivos para se falar de um "século de Djoser".

Pode ser considerado o verdadeiro fundador da 3ª dinastia, que marca uma virada decisiva na evolução religiosa, artística e provavelmente social do Egito Antigo.


Djoser reina sobre um Egito unido.

O Alto e o Baixo Egito conservam a sua originalidade e as suas instituições particulares. As lutas tribais e partidárias terminaram. Todo Egito se reconhece na pessoa de seu chefe, e a paz interior tornou-se uma realidade profundamente enraizada.

Numa estátua em Saqqara vemos o rosto de Djoser e nela compreendemos:
uma força de caráter,
vontade feroz e
autoridade natural


Este rei autoritário, foi também justo e sua memória honrada ao longo de toda a história do Egito. Teria escrito livros de ensinamentos, para uso dos futuros faraós, a fim de ensinar as regras de rei e ensiná-los a adotarem uma atitude certa perante os deuses e os homens.

Djoser simboliza o equilíbrio sereno de uma civilização em plena posse dos seus meios de criação, inteiramente preocupada com concretização artística do seu ideal. O século de Djoser é o de uma autêntica sabedoria. O seu próprio nome é significativo:


– a palavra djoser significa em egípcio "prestígio, admirável, sagrado"




Reinado
O reinado de Djoser será consagrado à edificação do seu gigantesco complexo funerário em Saqqara. O ponto chave do reino – construir uma morada eterna para abrigar um corpo divino.

Graças a uma inscrição encontrada em Uadi Hammamat, sabemos que o faraó enviou expedições ao Sinai, e mandava explorar lá, minas de cobre.

No sei reinado teria havido uma 'grande fome', aparece inscrito em uma estela da época ptolomaica gravada num rochedo descoberto ao sul da ilha de Sehel, na região de Elefantina, na extremidade meridional do Egito.



Sua obra
Djoser e Saqqara, o rei e sua obra. Onde foi enterrado, confunde-se a vida e a morte de maneira inextricável no "castelo encantado" de Saqqara.

Pensou durante algum tempo que Djoser era originário do Médio Egito, por causa da descoberta, na região de Abidos, uma sepultura com o seu nome gravado, mas a carreira de Djoser está ligada ao desenvolvimento de Mênfis.

Djoser mandou construir em Heliópolis, muito perto de Mênfis, um pequeno santuário de que restam poucos elementos, um deles porém preserva um título, onde Djoser é qualificado como:
"Sol de ouro"


Outro dos fragmentos mostra:
o rei sentado, envolto no grande manto ritual; a sua estátua é elevadíssima, comparada com a da sua esposa e das suas filhas

A 3ª dinastia nos faz conhecer, além de Imhotep – o grande construtor; outros grandes personagens:
Hesyrê – cujo túmulo abriga admiráveis relevos
Bedjmes – o construtor de barcos, cuja estátua conservada no Museu Britânico, nos revela um homem severo e competente com uma enxó nas mãos

Sepa e sua mulher Neset – formando um casal muito digno


Djoser constrói seu túmulo em Saqqara, mas também reproduz o seu palácio régio, o lugar da sua existência terrestre. Utiliza a pedra, material aparentemente opaco, mas o torna transparente para a circulação milagrosa da alma.

Djoser não partiu morto. Transmitiu a vida através da pedra. Por trás das fachadas do seu palácio do Além, cuidadosamente aparelhadas, não há entulho. Quando transpomos as muralhas, passamos para o outro lado do espelho, entramos na paisagem da alma, na realidade de uma festa eterna.


Origem: 'O Egito dos Grandes Faraós' de Christian Jacq e


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OS TEMPLÁRIOS

Após as primeiras cruzadas organizadas pela Igreja Católica para defender os lugares sagrados da Palestina, santificada pela vida e paixão de Jesus Cristo, em 1128 foi instituída a Ordem dos Templários, um exército cristão permanente.

A atividade bélica dos Templários lhes trazia um prestígio financeiro jamais alcançado por qualquer outra instituição religiosa. Tais eram as vitórias dos Templários e o poderio de suas fortalezas, que os príncipes, reis e particulares - em sinal de agradecimento pela proteção que deles recebiam - cumulavam-nos de dádivas e oferendas valiosas e confiavam-lhes suas fortunas. Com o tempo, os Templários esqueceram os objetivos de sua instituição, para preocuparem-se com empréstimos feitos aos reis e países, com taxas de juros, descontos e execuções de dívidas.

Em 1291, quando os mulçumanos conquistaram São João d'Acre, última cidade cristã da Terra Santa, após a queda de Jerusalém, os Templários perderam prestígio. Se sua função primordial consistia em proteger os peregrinos na Terra Santa, que necessidade havia de manter aquela poderosa e rica organização?

A situação dos templários era muito delicada. O Grão-Mestre da Ordem Templária, Jacques de Molay, residia no Chipre (sua base mais avançada) esperando a ocasião para reconquistar a Terra Santa.

Reinava na França, Felipe IV, "O Belo", o qual era inteligente e astuto, ambicioso e maquiavélico, mas estava completamente arruinado. Tudo tentou para melhorar sua situação econômica: alterar a moeda, limitar os benefícios da Igreja, explorar o judeus, desvalorizar a moeda ... Por fim, o rei tentou controlar os bens da Ordem Templária: tentou introduzir um de seus filhos na Ordem, para que chegasse a Grão-Mestre, mas Jacques Molay se opôs e, desde então, o rei passou a perseguir os templários.

O plano do rei era extinguir a Ordem fazendo com que suas riquezas passassem para o Estado combalido. Com a morte do Papa Bonifácio VIII, o qual protegia os templários, assim como com a morte de Bento XI, o qual ocupou por pouco tempo o papado, assumiu um Papa francês: Clemente V, submisso às ordens reais mudou a sede do papado para Avinhão.

Clemente V mandou Jaques de Molay vir do Chipre em 1306, e este, sem perceber a situação, se apresenta em Paris acompanhado de alguns grandes oficiais da Ordem, trazendo uma grande remessa de ouro e prata, boa parte do tesouro da Ordem. O rei pede mais um emprétimo e lhe é concedido imediatamente.




Um antigo templário, Esquin de Floyrac, condenado, ressentido pois havia sido expulso da Ordem, apresentou-se ao Rei da França, contando ter ouvido, na prisão, as confissões de um Templário apóstata sobre a vida dissoluta dos mombros da Ordem do Templo. Não foi difícil para o rei encontrar outros antigos templários expulsos da Ordem e dispostos igualmente a dimamá-la: assim foram dados os primeiros passos para o pedido de instauração de um processo contra os Templários, acusados de intemperança, de deboche, de luxúria, de avidez e de homossexualismo (o próprio selo da Ordem, em que se viam um peregrino e um templário montados num mesmo cavalo, foi apontado como prova de sodomia), da adoração de um deus barbudo - Bofomet - perante o qual diziam missa, sendo que uma das provas pelas quais passavam os candidatos a ingresso na Ordem, consistia em renegar três vezes o Cristo e cuspir três vezes sobre o Cruxifixo.

No dia 13 de outubro de 1307, Felipe, "o Belo", ordenou a detenção de todos os Templários franceses com apoio de Guilherme de Paris, confessor do rei e Inquisidor Principal da França. Em nome da Inquisição os Templários foram torturados até a completa confissão, inclusive Jaques de Molay.

Ponsard de Gizy, um dos Templários, narrou que antes de ser interrogado permaneceu três meses dentro de um fosso, com as mãos amarradas às costas, sem possibilidade de qualquer movimento. Outro torturado disse que ao ver cinquenta membros da Ordem serem queimados vivos, confessou tudo quanto lhe exigiam. "Se me acusassem de ter sido o assassino de Cristo, eu confessaria esse crime!".

Após a intervenção do Papa, os tribunais eclesiasticos foram mais brandos com os Templários que ainda continuavam presos. Restava o julgamento dos dignatários da Ordem, que deveria ser procedido por um tribunal sob a dependência direta do Papa. Realizou-se o julgamento do Grão-Mestre Jacques de Molay e de outros três dignatários em 18 de março de 1314.

Dos quatro, apenas Jacques e Godofredo de Charnay ainda estavam lúcidos, após as sequências de torturas.

O Cardeal Arcebispo de Albano leu a SENTENÇA: "Ouvidos os Irmãos Geraldo du Passage e João de Cugny que afirmam terem sido forçados, quando da sua recepção na Ordem, além de muitas outras coisas, a escarrar sobre a Cruz porque, segundo lhes foi dito, aquilo não passava de um pedaço de madeira, estando no céu o verdadeiro Deus... Ouvido o Irmão Guido Dauphin, ao qual foi ordenado, se um dos irmãos superiores se sentisse atormentado pela carne e quisesse satisfazer-se nele, a consentir em tudo quanto lhe fosse solicitado... Ouvido o Grão-Mestre Jacques de Molay que reconheceu e confessou... Ouvido o Irmão Hugo de Payraud que exigiu dos noviços, como obrigação, renegassem Cristo três vezes... Considerando que os acusados confessaram e reconheceram seus crimes, condenamo-los ao muro e ao silêncio pelo resto de seus dias, a fim de que obtenham remissão de suas faltas pelas lágrimas do arrependimento. In nomine Patris..."



Após a leitura da sentença, Jaques de Molay protestou: "Protesto! Protesto contra essa setença iníqua e afirmo que os crimes de que me acusam foram inventados!"

Godofredo de Charnay também ergueu a voz: "Fomos vítimas de vossos planos e de vossas falsas promessas! É o ódio, a vossa vingança que nos pedem! Mas afirmo diante de Deus que somos inocentes e os que dizem o contrario mentem miseravelmente!"

Formou-se um tumulto e no meio do barulho o Arcebispo de Marigny - erguendo ao alto sua cruz peitoral - gritava: "Dois dos condenados são declarados relapsos, pois reincidiram em suas heresias e rejeitaram a justiça da Igreja! A Igreja os entrega à justiça do rei!". A entrega dos réus pela Inquisição, ao braço secular, siguinificava a condenação à morte.

Naquela mesma tarde Jacques de Molay e outros trinta e seis templários foram queimados em uma fogueira, em uma ilha do Sena.

EXECUÇÃO: O Grão-Mestre foi levado à fogueira, onde amarraram suas mãos a um poste, então ele disse aos carrascos: "Ao menos deixem-me que junte um pouco as mãos para poder orar a Deus, já que vou morrer. Deus sabe que morro injustamente. Estou convencido de que ele vingará nossa morte. A vós, Senhor, rogo que voltes para minha direção o rosto da Virgem Maria, Mãe de Jesus Cristo". Foi-lhe concedido o último pedido



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13 de Outubro: Templários


Jacques DeMolay nasceu na cidade de Vitrey, na França, no ano de 1244, e já aos 21 anos, DeMolay se juntou a Ordem dos Cavaleiros Templários.

Também chamada de Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão , esta ordem foi fundada em 12 de junho de 1118 em Jerusalém pôr Hugo de Payens, Cavaleiro de Burgúndia e Godofredo de Sain t’ Omer.

A Ordem dos Templários participou das cruzadas e ganhou reconhecimento pelo seu valor e heroísmo, e a mercê dos bens tomados dos seus inimigos vencidos, ou doados à ordem, chegaram a ser grandes financeiros e banqueiros internacionais, os soberanos da Europa necessitados de dinheiro passaram a invejar sua riqueza. A Ordem foi um dos repositórios de sabedoria oculta na Europa durante os séculos XII e XIII, porém seus segredos só eram transmitidos a alguns membros em seção religiosa sob estrito sigilo. Daí, naturalmente, a razão de lhe haverem os leigos atribuídos as mais horríveis práticas e histórias infamadas.

Em 1298, Jacques DeMolay foi nomeado grão-mestre, uma posição de grande prestigio. Como grão-mestre Jacques DeMolay, entretanto, estava numa posição difícil. As Cruzadas não estava m atingindo seu objetivo. Os sarracenos derrotaram os cruzados em batalhas e capturaram muitas cidades. Em vez de apoio público, os Templários atraíram atenção dos lados poderosos, que estariam interessados em obter poder e riqueza, mas ninguém poderia prever o seu fim brusco e trágico. Conservando-se ainda poderosamente rica, credora do Papa e da corte da França, suas posses passaram a ser avidamente cobiçadas. Em 1305, Felipe o Belo, rei da França tentou obter controle dos Templários, mas não obteve sucesso.

O ano de 1307 foi o começo das perseguições aos Cavaleiros Templários. A Europa já contava com cerca de 704 Conventos e Comendadorias. No dia 12 de outubro de 1307, quinta feira, o 22° Grão Mestre dos Templários, Jacques DeMolay, estava assistindo aos funerais de uma princesa da casa real da França. Estava ele um pouco nervoso, pois corriam boatos sobre os desígnios do rei da França, Felipe o Belo. No ano precedente, o rei Felipe IV da França, tinha solenemente recebido os esquadrões da Ordem que o visitaram na França, onde no centro de Paris, possuíam o famo so castelo do templo, sede geral da Ordem.

Porém, o Grão-Mestre nesta viagem tinha cometido o erro de comparecer perante o rei com uma escolta de sessenta Templários, pertencente à alta nobreza, ostentando o enorme tesouro que tinha trazido da Palestina para ser guardado pelo Templo. Filipe verificara que os TEMPLÁRIOS, representavam uma força verdadeira. Um estado poderoso dentro da França. Jacques DeMolay recusava-se a acreditar que o rei fosse seu inimigo e ainda o defendeu perante todos os Templários desconfiados, declarando que ” tinha certeza da lisura do rei” . Assim, após o funeral, o Grão-Mestre tinha se retirado na Ville Neuve du Temple, que era a sede européia da Ordem, respirando um pouco mais aliviado na sua fortaleza. No fim da tarde , todos os oficiais espalhados pelo reino, e que representavam o poder do rei da França, estavam abrindo uma carta levando o selo real e contendo instruções secretas e trágicas.

Estas cartas estavam sendo lidas no mesmo instante em todos os municípios e cidades da França, nesta noite terrível de 12 para 13 de outubro de 1307. Ao ler o conteúdo da mensagem, os oficiais reais ficaram cheios de medo, pois tratava-se de prender o Grão-Mestre e seus Templários, que eram hóspedes de honra do rei da França; e isto com a autorização do Papa. Como o Papa Clemente V devia sua posição em Avignon às intrigas do rei, foi fácil a sua aquiescência. Essa macabra tarefa foi muito ajudada pelo ex-cavaleiro Esquieu de Floyran, o qual, pessoalmente interessado na desmoralização da Ordem, contra ela levantou as mais duvidosas acusações. Essas acusações foram sofregamente aceitas pôr Felipe IV, que numa sexta-feira, 13 de outubro de 1307, mandou prender todos os Templários da França e o seu Grão Mestre, Jacques DeMolay, os quais submetidos à inquisição, foram, por esta, acusados de hereges. Os sinos da igreja batiam às três horas da manhã, quando, em todo o território francês, as casas do Templo estavam a ponto de serem invadidas soez e covardemente.

Em Paris, foi pessoalmente o Guardião do Selo do rei, Guilherme de Nogaret, que quis liderar a infame expedição contra o próprio Grão-Mestre. Todos os Templários que acompanhavam o Grão-Mestre, bem assim, como os outros espalhados nos Conventos e Comendadorias, cerca de 138, foram postos nas prisões do estado, onde executando-se ordens pessoais do rei, deviam imediatamente, ser interrogados pelos comissários da Inquisição para confessarem “suas culpas” devendo ser empregada a tortura. Entre as acusações mais sérias que instruíram o processo contra os Cavaleiros Templários, figuravam as de apostasia da fé, idolatria e heresia, além dos pecados contra a natureza. Depois de torturas, confissões e execuções, Clemente V oficialmente aboliu a Ordem dos Cavaleiros Templários, no dia 22 de março de 1312. Assim, debaixo da tortura, todos os acusados confessaram aqueles procedimentos. Mas vimos depois que o Grão-Mestre, quando aos 14 de março de 1314 solicitou ser ouvido outra vez , e quando os inquisidores pensavam que o outrora altivo Grão-Mestre, iria implorar perdão ao rei e misericórdia ao Papa, Jacques DeMolay disse:

” Eu penso que isto é certo. Que ao menos num só momento eu devo
falar a verdade. Ante o céu e a terra, e com todos vocês como minhas
testemunhas, eu admito que a ordem é culpad a de grossa iniquidade. Mas a
iniquidade é que eu tenho mentido em admitir as acusações contra a ordem. Eu
declaro que a ordem é pura e santa e está além da questão. Eu tenho realmente
confessado que a orde m é culpada, mas tenho feito isto para somente me salvar
de terríveis torturas.Vida é oferecida para mim, mas ao preço de infanidade.
Neste preço, vida não vale a pena.”

Felipe se sentiu atingido nos seus brios de monarca absoluto que, dois dias depois, pronunciara ele próprio a sentença de condenação de Jacques DeMolay, que devia morrer na fogueira como réu de crimes infames, heresia, sodomia, mas na verdade pelo delito de…. Lesa Majestade! Sobre o rio Sena, em Paris, na ilha hoje denominada de Vert Galant, anteriormente ilha dos judeus ocorreu o holocausto de Jacques DeMolay e dos Cavaleiros Templários. A armação da fogueira requeria muita habilidade; homens encapuzados e fortes dispunham as achas de lenha grossa de forma adequada, mais alta que a estatura do homem, o fogo não poderia ser apagado até que o corpo ficasse completamente destruído.





No alto da fogueira, o Grão-Mestre dos Templários, Guy D’Auvergnie e o preceptor da Normandia, Godofredo de Charnay estavam amarrados a estacas, lado a lado, e voltados para a sacada real. Haviam colocados na cabeça de todos a infamante mitra de papel dos Hereges. Jacques DeMolay assiste impassível e como indiferente aos preparativos de seu trágico suplício sem um queixume, sem um gesto de desespero que significasse covardia perante a morte. E quando o frade encarregado dos responsos avançava de crucifixo na mão e o conclama a arrepender-se dos crimes contra a religião, o Grão-Mestre responde com a serenidade dos justos:

“Guardai, ó frade vossas orações para o Papa que esse s im vai precisar delas!”.

O olhar do rei e do Grão-Mestre se cruzaram, mediram-se, prenderam-se um ao outro, retiveram-se mutuamente. O rei fez um gesto com a mão e carrasco meteu a estopa acesa entre os feixes da lenha e de cavacos da fogueira .

O vento mudou e a fumaça, de segundo em segundo mais espessa e mais alta, envolveu os condenados, cerca de 54, escondendo-os quase da multidão. O preceptor da Normandia foi o primeiro atingido. Teve um leve movimento de recuo quando as línguas de fogo começaram a lambê-lo, e seus lábios se abriram muito, como procura-se inutilmente respirar um ar que lhe fugia. Seu corpo, apesar da corda, dobrou-se em dois. O fogo dançava em torno dele. Depois um torrente acinzentada de fumaça engoliu-o, quando se dissipou Godofredo de Charnay estava em chamas bramindo e arquejando, tentando-se libertar da estaca fatal que tremia sua base. Via-se que o Grão-Mestre lhe gritara algo, mas a multidão produzia um rumor tão forte no momento que, para conter seu horror, só se pode ouvir a palavra Irmão, duas vezes lançada. O Grão-Mestre ainda não havia sido tocado. Os carrascos atiçavam o fogo com grandes ganchos de ferro. Depois, subitamente, houve um desmoronamento do braseiro e, reavivadas, as chamas atiraram-se contra ele.

De repente a palavra do Grão-Mestre surgiu da cortina de fogo, e com uma força irresistível, com voz que já era quase do além, Jacques DeMolay disse:

“Vergonha! Vergonha! Vós estais vendo morrer inocentes. Vergonha sobre vós todos. Deus julgará”.

A chama flagelou-o, queimou-lhe a barba, calcinou em um segundo sua mitra de papel e acendeu seus cabelos brancos. O rosto em fogo do Grão Mestre estava voltado para a sacada real e com voz terrível, gritou:

“Nekan, Adonai!! Khol-BeGoal!! Papa Clemente, Cavaleiro Guilherme de
Nogaret e Rei Filipe: Intimo-os a comparecer perante o Tribunal de
Deus, dentro de um ano
para rceberem o justo castigo. Malditos!! Malditos!!
Todos malditos até a
13ª geraçãode vossas raças”.


Os gases letais interromperam o anátema e DeMolay dobrou-se e perdeu os sentidos. O impacto inesperado deixou a multidão estupefata. Não esperavam essa reação dele, mas cada um sentiu em si o peso da injustiça e a certeza que a maldição se cumpriria. Quarenta dias depois Felipe e Nogaret receberam uma mensagem: “o Papa Clemente morrera”. Felipe e Nogaret olharam-se e empalideceram, no pergaminho dizia qu e a morte ocorrera entre o dia 19 e 20 de abril.

O Papa Clemente morreu pôr ingerir esmeraldas reduzidas a pó (para curar sua febre e um ataque de angústia e sofrimento), que provavelmente cortaram seus intestinos. O remédio foi receitado por médicos desconhecidos, quando retornava á sua cidade natal.




Guilherme de Nogaret veio a falecer numa manhã da terceira semana de Maio, envenenado por uma vela feita por Evrard, antigo Templário, com a ajuda de Beatriz d’Hirson. O veneno contido na vela era composto de dois pós de cores diferentes:

- Cinza: Cinzas da língua de um dos irmãos de d’Aunay , elas tinham um poder sobrenatural para atrair o demônio.

- Cristal Esbranquiçado: “Serpente de faraó”. Provavelmente sulfocianeto de mercúrio. Gera por combustão: Ácido Súlfurico, vapores de mercúrio e compostos anídricos, podendo assim provocar intoxicações. Morreu vomitando sangue, com cãimbras, gritando o nome daqueles que morreram por suas mãos.

Felipe o Belo veio a morrer em 27 de Novembro de 1314, com 46 anos de idade, em uma caçada. Saiu a caçar com seu camareiro, seu secretário particular e alguns familiares na floresta de Pont-Sainte-Maxence. Sempre acompanhado de seus cães foram em busca de um raro cervo de 12 galhos nas vizinhanças do local. O rei acabou perdendo-se do grupo e encontrou um camponês que o ajudou a localizar o cervo. Achando-o e estando pronto a atacar-lhe percebeu uma cruz que brilhava, começou a passar mal e caiu do cavalo. Foi achado por seus companheiros e levado de volta ao palácio repetindo sempre ” A cruz, a cruz…”. Pediu, como o Papa Clemente, em seu leito de morte, que fosse levado à sua cidade natal, Fontainebleau.

” A mão de Deus fere depressa, sobretudo quando a mão dos homens ajuda“, teria dito um dos Templários remanescentes, jurando vingança.



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Cleópatra

Cleópatra VII, rainha do Egito, foi uma das mulheres mais fascinantes de todos os tempos. Ela tinha grande inteligência e beleza, usando-as politicamente em favor do Egito. Cleópatra assumiu o trono em 51 a.C.

Em 48 a.C César desembarcou no Egito em perseguição ao seu rival, Pompeu. Quando Cleópatra soube que César estava em seu palácio em Alexandria, ofereceu um tapete como um presente.



Cleópatra teve com César um filho chamado Cesário, que significa “pequeno César”. Quando César voltou a Roma, ela o seguiu com o bebê e morou na vila de César fora de Roma onde ele constantemente a visitava.

Cleópatra voltou ao Egito, em 44 a.C., após o assassinato de César. Cleópatra nomeia seu filho Cesário como novo faraó após a morte do regente egípcio, provavelmente envenenado por ela.

O Império Romano foi tomado pela guerra civil que se seguiu após a morte de César. Marco Antônio, sucessor no trono romano, chamou Cleópatra para responder sobre um suposto auxílio que ela estava dando aos seus inimigos. A rainha chegou, vestida como Ísis, numa barcaça magnífica; ela deu boas-vindas a Marco Antônio com festas e entretenimentos. Fascinado por ela, ele a seguiu até Alexandria.

Depois de um inverno festivo com Cleópatra, Marco Antônio voltou a Roma. Ele se casou com Octávia, irmã de Otaviano (depois chamado de Augustus), contudo, ele ainda amava Cleópatra.

Otaviano descobriu a relação entre Marco Antônio e Cleópatra e declarou guerra aos dois. Marco Antônio e Cleópatra juntaram 500 navios, que ficaram bloqueados por Otaviano ao largo da costa oeste da Grécia, em 31 a.C., fato este, conhecido como Batalha de Actium.

Cleópatra escapou do bloqueio e Marco Antônio a seguiu, mas a frota deles se rendeu. No ano seguinte, Otaviano atacou Alexandria e novamente derrotou os dois.

Marco Antônio morreu nos braços de Cleópatra e ela, após, cometeu suicídio através da picada de uma serpente venenosa.


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Djoser

Era o segundo rei da 3a Dinastia, filho de Khasekhem (Khasekhemwy). Também conhecido como Netjerykhet, ele regeu durante quase duas décadas e construiu a pirâmide de Saqqara, projetada pelo seu vizir Imhotep.

Durante o seu reinado, o Egito enfrentou sete anos de escassez de água e Djoser pediu ajuda a Imhotep para solucionar o problema; seu Sumo-Sacerdote sugeriu que ele erguesse um templo ao deus Khnum em Elefantino.


Assim que o templo ficou pronto, milagrosamente, a escassez de água terminou, e Djoser e Imhotep foram imortalizados por esse ato de fé.



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Templos na Grécia


A estrutura do Templo de Salomão também foi desenvolvida na Grécia, mas moldada para receber as tradições culturais e iniciáticas daquela região. Ao invés do Deus Judeu, os templos estavam preparados para representar os aspectos das divindades gregas. Cada Templo era dedicado a um ou mais deuses, em especial Zeus, Atenas, Poseidon, Apolo, hermes e Hera.














A estrutura permanecia basicamente a mesma. Ao invés do Sanctum, existiam os Pronaos, que eram as antecâmaras que davam entrada para o templo.


O Pronaos - Na sua utilização inicial, na Grécia Antiga, esta área situa-se frente ao mausoléu e, estando separada do edifício através de cercas, está intimamente relacionada com o culto dos mortos.

Mais tarde, nas igrejas e basílicas do começo do Cristianismo, é a área de entrada a ocidente onde os penitentes, pecadores, loucos e mulheres permaneciam por ainda não serem admitidos dentro do templo. O Pronaos também é chamado “sala dos passos perdidos”.

Esta estrutura, de estreita ligação ao conceito de cemitério, é separada da nave através de uma parede baixa, um painel ou colunas.

Na época bizantina clássica, esta estrutura evolui para uma área retangular estreita (mas nesse caso chamada de “Litai”) da mesma largura que a nave principal do templo, ligada a esta por arcos ou portas onde se podiam também benzer os corpos antes de estes serem transportados para o interior da igreja.

O Naos - neste espaço, delimitado por 4 paredes sem janelas, é colocada a estátua da divindade. Em templos de grandes dimensões o Naos pode funcionar como um pátio interior, sem cobertura (notar as semelhanças com os templos maçônicos e rosacruzes). A estrutura do Naos mantinha a mesma proporção da Câmara dos Reis, dividido em 3 áreas onde os iniciados ficavam em 2/3 e a estátua (ou representação do aspecto Divino) ficava no 1/3 restante, junto apenas com os sacerdotes principais. Este espaço era chamado de Aditon e equivalerá posteriormente ao “oriente” no templarismo/maçonaria.




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O que é numerologia?


O que é numerologia?

Como profissional, constantemente sou abordada para responder as dúvidas mais diversas sobre Numerologia e a mais comum entre todas é justamente sobre a eficácia deste estudo. Como, onde e quando aplicar numerologia conseguindo resultados práticos para o dia a dia. Afinal, o que é Numerologia?

Quem, hoje em dia, já não ouviu falar ou leu algo à respeito?

Muitos são os conceitos atrelados a este estudo.

Movidas pela curiosidade ou por forte interesse, as pessoas que tiveram algum contato com os princípios básicos de numerologia, sentem-se atraídas por ela. Algumas encontram informações curiosas sobre si mesmas, outras procuram as chamadas previsões nos números, como costumam fazer com a astrologia.



Atualmente, os meios de comunicação abrem bons espaços para os temas ditos “esotéricos”.

Revistas, jornais, sites e programas de rádio, entre outros, proporcionam aos seus leitores e ouvintes, programações atraentes nesta área. Além disso, existe o trabalho específico do “mercado esotérico” divulgando diversos produtos e serviços como Mapas e Previsões entre outros, principalmente com base nos conceitos da Numerologia e Astrologia.

Seguindo esta linha de raciocínio podemos abordar outra questão que surge mediante o volume de tantas ofertas e, talvez por isso, existam os questionamentos sobre a seriedade destes trabalhos. Por vezes, a massificação e a falta de profissionalismo que vemos ao redor destes temas, nos faz pensar se realmente existe sinceridade ou se não passam de especulação.

erta vez, uma abordagem em especial me fez refletir sobre esta questão. Uma pessoa que havia solicitado um Mapa Numerológico por correspondência e sem conhecer o profissional, demonstrava ter várias dúvidas. “Rosana, eu pedi este trabalho via internet e não entendi muita coisa” disse-me ela, “quero dizer, descreveu meus números, mas não concluiu. Bonito, mas fiquei na mesma”. Ela estava a procura de um entendimento mais profundo.

Argumentei que quando queremos contratar, adquirir um serviço ou consultar um bom profissional, de todo e qualquer campo de atuação, podemos fazê-lo por indicações de outras pessoas que obtiveram bons resultados. Quando não é possível a indicação, então partimos para pesquisa, porém, o contato pessoal ou pelo menos por telefone no primeiro momento com o profissional, sempre ajuda em nossa avaliação. Principalmente quando lidamos com algo mais íntimo e pessoal.

Um bom trabalho numerológico foge das fórmulas feitas e entra na originalidade própria de um estudo direcionado e personalizado. Devemos evitar trabalhos generalizados, sem a devida preocupação e assistência ao indivíduo.

A entrevista, explanação dos fundamentos, aplicação prática de todas aquelas informações, a interpretação de tantos números pessoais, fazem parte do trabalho do (a) numerólogo (a).

A valorização e destaque de um profissional desta área e, consequentemente, o aumento na requisição de sua consultoria, acontece quando este faz as devidas análises dentro de um estudo, dominando as interpretações de todas as vibrações numéricas em sua individualidade e, principalmente, como elas se relacionam entre si.

Por fim, ela concluiu que pagara por um trabalho que não a satisfez, porém, servira como experiência.
Como ela, muitos são atraídos apenas pela curiosidade.

Boa parcela da população desconhece as origens e raízes dos estudos dos Astros e dos Números.
A numerologia e astrologia eram práticas dos antigos povos. Personalidades influentes consultavam os astros e signos ( símbolos letras e números ) para terem sucesso em seus empreendimentos. Estes fatos vêm carregados de lendas, de força e riqueza envolvendo estas práticas numa aura de mistérios e encantos.
Bem, deixando detalhes da história antiga para outra oportunidade, tentarei passar, com base em experiência própria, algumas informações sobre o tema Numerologia.

Pesquisando, constatei que o conhecimento dos astros e dos números andava de mãos dadas em outros tempos. Atualmente tornaram-se estudos distintos e realmente complexos.

Quem abre o jornal ou revista à procura das previsões de seu signo, não imagina que esta é apenas a ponta do iceberg de um conhecimento muito antigo, apenas a sombra da representação de uma sabedoria que exige empenho em sua análise. Admito, com certa tristeza, que estes conceitos e práticas milenares não são considerados atualmente como algo valoroso.

Sua aplicação é mínima na cultura moderna ocidental, passando por oráculos curiosos, fantasiosos, supersticiosos. Penso que o ser humano, com o passar dos tempos, artificializou-se de tal forma que afastou-se dos ensinamentos espirituais e, com isso, enfraqueceu seus instintos naturais.

Eu mesma não compreendia o significado desta palavra “espiritual”. Pensava que a essência do espírito estava ligada incondicionalmente aos ritos e religiões. Acreditava e acredito que para muitos, as religiões representam o caminho para alcançar este fim, porém com o tempo veio o amadurecimento e esta “condição” deixou de ser primordial em minha vida.

A meu ver, “Espiritualizar-se” é o ato que proporciona agregarmos valores de vida ao nosso EU, e ao mesmo tempo descobrir outros tantos valores já existentes em nosso íntimo mais profundo. Pode representar conceitos diversos, conforme o entendimento de cada ser. Para mim é simplesmente fazermos contato com nosso âmago, nosso EU, seja lá o nome que queiramos dar: alma, espírito, essência ou self, o importante sempre foi e continuará sendo poder ouvir-se.

Um dia uma amiga me ofereceu um Mapa numerológico e desde então, me apaixonei pelo tema. Na época, não tinha nem idéia da amplitude deste mundo. Depois deste primeiro contato, comecei a comprar muitos livros e me tornei autodidata. Na verdade, aprendiz de feiticeiro que saía fazendo cálculos com os nomes de todos os amigos. Era divertido. Conforme a curiosidade crescia, as constatações alimentavam minha satisfação pessoal. Procurei especialização.

Quando iniciei meu trabalho, a primeira coisa que percebi era que as pessoas desenvolviam forte atração pela possibilidade, por pequena que fosse, de saber seu destino; saber sobre passado, presente e futuro. As chamadas “previsões”.

A palavra “previsão” não faz parte de meu vocabulário, pois acredito que a numerologia pode nos dar tendências de fases que podemos vivenciar, mas de maneira nenhuma tem a pretensão de descrever fatos, situações ou acontecimentos na vida de qualquer um. Se algum profissional sério da área o faz, é por que pode contar com um dom a mais, especial e pessoal em seu trabalho.

As “tendências” representam vibrações que chegam e vão embora, conforme o passar do tempo. São conhecidos como números temporários ou influências temporárias. Alguns exemplos: Ano Pessoal, dia Pessoal, um período mais longo conhecido como Realizações ou Pináculos, entre outros.

O conhecimento deste aspecto vibracional pode realmente fornecer orientações em diversos assuntos que envolvem nosso dia a dia. As tendências de mudanças, por exemplo, ficam claras quando, em determinada fase de nossas vidas, experimentamos a vontade de mudar ou sofremos influências de situações que nos levam a mudar. Possivelmente tudo pode ser modificado a nossa volta, independente de nossas vontades. As transformações a que estamos sujeitos alcançam todos os pontos importantes de nossas vidas, do físico ao psicológico.

Em certos momentos queremos mudar de casa, de marido, de trabalho ou até de conceitos, a maneira de pensar. Em outras épocas, os assuntos familiares são o mais importante, bem como tudo que represente estrutura, conforto, bem estar; como adquirir uma residência. Os períodos de reflexão, introspecção são conhecidos como fases espirituais onde o conselho é mergulhar nos estudos e nas descobertas íntimas. Procurar especialização, não sendo favorável a assuntos expansivos ou afetivos. Em contra partida, os momentos de início favorecem as atitudes pioneiras, aos impulsos desbravadores, a coragem e determinação de começar algo novo ou até inédito. Não importa o tamanho de seu projeto ou de seus passos, o importante é começar. O simples ou o complexo.

Começar num emprego novo, colocar em prática seus projetos que estavam apenas no papel, voltar a estudar causando espanto aos que pensavam que você já tinha pendurado a chuteira... ou dar início a convivência interior, finalmente desenvolvendo a auto-valorização.

Como existe ciclicidade nesta organização temporária, você sempre terá influências numéricas de início, meio e fim. Pelos conceitos da numerologia nós passamos por todos os momentos importantes de nossas vidas representados pelas influências básicas dos números que vão do Um ao Nove e, ocasionalmente, dos números Mestres e kármicos.

Mestres e Kármicos exigem uma atenção maior na explicação de seus conceitos. Por isso mesmo, é melhor deixarmos para uma próxima oportunidade, onde farei uma merecida explanação.

O bom de se ter este tipo de informação, vibrações temporárias, é que estaremos, dentro do possível, preparados para eventuais fases delicadas, exigentes ou promissoras. Respirar aliviado quando estamos chegando ao final de uma fase difícil. De qualquer forma a compreensão das vibrações numéricas, que comandam um determinado período, e a devida atitude positiva com relação a elas, pode elevar ou minimizar os seus efeitos.

Então, os números têm as mesmas influências e efeitos em todas as pessoas? Continuando com o exemplo da vibração que representa “mudanças”, posso dizer que mudança é mudança para todos, porém temos que juntar à esta informação os números pessoais de cada individuo para sabermos o que representa a tendência de mudança para uns e para outros. Quero dizer que para alguns, as modificações são bem vindas, oferecem desafios, sensação de aventura que as tiram do marasmo que julgam viver. Este tipo de postura, diante das maiores instabilidades, atrai oportunidades benéficas. Para outros, conforme seus números pessoais, representará uma fase de extrema insegurança, um inconformismo diante da possibilidade de deixar os seus apegos, mesmo que estes apegos representem algum sofrimento em suas vidas. Acham melhor deixar tudo como está.

Voltando ao tema: Para que Serve a Numerologia...,
Para mim, o ponto alto deste estudo é fazer conhecer a todos, as enormes possibilidades de desenvolvimento pessoal que alguém pode alcançar se descobrir suas reais qualidades e fraquezas. A conscientização é o melhor veículo de mudança e aprimoramento que existe para este tipo de trabalho.

Muitas de nossas dúvidas podem ser removidas. Teremos respostas para certas questões que parecem repetirem-se constantemente. “Por que cometo os mesmos erros? Por que não me amoldo às convenções?”
E chego à conclusão que “sou bom nisso”... “Tenho dons para aquilo”... e que normalmente, não escuto meu EU interior gritando para ser ouvido, dizendo: “ no natural e no simples está a resposta, olhe e escute a si mesmo. Observe a interação entre você e seu meio ambiente. O papel que está desempenhando é satisfatório? Tudo tem um custo e benefício. O preço que está pagando é justo pelo beneficio que recebe?”
Não quero com isso vender a imagem “resolva sua vida num passe de mágica”, já que descobertas íntimas requerem disposição, amadurecimento, amor e certo tempo.

A numerologia levada a sério, escapando das receitas comerciais que estão por aí a torto e a direita, pode ser para você como foi para mim, uma descoberta fascinante. Ainda hoje, reflito sobre as interpretações dos números e sua relação com o íntimo do ser humano.

Por vezes, estudando um Mapa posso compreender melhor as motivações que levam uma pessoa a certas atitudes. Tudo começa a ser compreensível. Isso me dá uma tremenda tranqüilidade. Aceito a realidade do meu próximo e, por causa dele, por observá-lo, consigo me enxergar melhor.

Costumo dizer que os números pessoais são comparáveis ao “dial” de um rádio. Por eles, podemos chegar à freqüência em que aquele ser humano está sintonizado desde que nasceu. Saberemos seu alcance, se existe interferências ou se a transmissão é fidedigna. O tipo de mensagem, o nível de programação que ele recebe e transmite.

unca foi tão importante o se conhecer. Estamos na fase boa para isso. A natureza do ser humano abre esta brecha.

E você? Conhece sua natureza? A freqüência que está sintonizado?

Rosana Quevedoh - Numeróloga





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