A História de Sinué


Não é de se admirar que o período de Sesóstris (Senusert) tenha sido considerado, como aquele em que a língua egípcia atinge a sua idade "clássica".

Quando se inicia nos hieróglifos, se começa a leitura pelos textos do Médio Império como o Conto do Náufrago ou o Romance de Sinué.


O Romance de Sinué – trata-se de uma história completa, reconstituída graças a diversos papiros e ostracas. A narrativa é feita na primeira pessoa. Sinué que significa "filho do sicômoro", conta a sua vida.

Nascido num meio modesto e educado na corte de Lischt, era servo do harém da rainha Snefru, esposa de Sesóstris I, ano 10 de seu reinado, partilhando o reinado com seu pai, Amenemhat I. Sesóstris I conduz uma operação militar no território líbio. Sinué que fez a viagem, vai se ver envolvido numa complicada situação que decidirá o seu destino.

No sétimo dia do terceiro mês da estação das inundações, no ano 30, o rei Amenemhat I subiu ao seu horizonte, unindo-se ao disco solar. Sesóstris recebe a notícia e parte imediatamente para regressar a capital. Sinué surpreende, em uma noite, a conversa secreta que parece revelar um complô contra o rei; foge, dominado por um grande pânico. "O meu coração perturbou-se", confessa, "os meus braços soltaram-se do meu corpo, pois todos os meus membros tremiam. Afastei-me de um salto, em busca de um esconderijo".

Sinué parte para sudeste, passa o extremo meridional do Delta, atravessa o Nilo e alcança "as muralhas do príncipe". Uma célebre fortaleza construída pelo Faraó Amenemhat I na fronteira nordeste do Egito para proteger o país contra eventuais investidas asiáticas no Delta. Caminha durante a noite, mas vai perdendo as forças. "Tive um ataque de sede, de modo que sufocava e tinha a garganta seca. Disse para comigo: ' É o sabor da morte ' ." Ouve mugir um rebanho. Beduínos aproximam-se, um xeque que havia estado no Egito reconhece Sinué e dá-lhe água e leite, levando-o para sua tenda.

Prossegue a vida de eremita, anda de terra em terra. Percorre a Síria-Palestina e chega a Qedem ao sul de Biblos e passa lá um ano e meio. É então levado pelo príncipe do Retenu superior, um principado palestino, e casa com a filha mais velha do príncipe, recebendo terras magníficas: "Produziam figos e uvas; o vinho era mais abundante do que a água; tinha muito mel e azeite em quantidade; as suas árvores davam frutos de todas as espécies. Também havia cevada e trigo, e o gado de todos os gêneros era enorme."

 Sinué passa alguns anos nesse paraíso. "Os meus filhos tinham-se tornado fortes, e cada um deles dominava a sua tribo." Sinué era general dos beduínos, alcança numerosas vitórias e a sua fama aumenta na região.


Um "valentão de Retenu", uma espécie de gigante que ninguém ainda conseguiu vencer, provoca o egípcio. "Dizia que lutaria comigo: pensava que me roubaria e propunha-se furtar o meu gado." Sinué não conhece o homem e não entende seu ódio. Mas prepara-se para o combate. Vence o adversário com uma seta lançada em seu pescoço, o gigante cai de bruços, abate-o com seu próprio machado e brada a vitória.

Mas Sinué não é feliz "Ó deus, sejas tu quem fores que predestinaste esta fuga, sê clemente e devolve-me à corte." Os antigos egípcios, quando no estrangeiro, desejavam voltar ao Egito, a idéia de não poderem ser enterrados em sua terra era insuportável. As suas preces foram atendidas e o faraó envia uma carta ao egípcio exilado: "Regressa ao Egito, para que voltes a ver a corte em que cresceste, para que beijes a terra da dupla grande porta e te reúnas com os amigos" escreve Sesóstris I.

Sinué distribui os seus bens pelos filhos. Quando chega ao palácio do faraó em Lischt e depara com Sesóstris fica tão emocionado que perde os sentidos. O rei se mostra amigável e benévolo chegando a dizer à rainha: "Olha como Sinué parece um asiático, um verdadeiro filho de beduínos!". Sinué é de novo introduzido no círculo dos nobres, dos próximos ao monarca. É instalado numa casa principesca. Tem cerca de 60 anos e passou pelos menos 25 no estrangeiro. Operários são encarregados de restaurar uma casa no campo que havia pertencido a um nobre. E é lá que Sinué terminará os seus dias, num túmulo preparado com muito esmero. "Eu fui contemplado pelos favores reais até o dia da minha morte".

Assim nos é apresentado este belo texto que evoca maravilhosamente o tempo de Sesóstris e a requintada civilização dos faraós do Médio Império. O mundo sírio-palestino é descrito com certa precisão e sem preconceitos, em grande contraste com o Egito e a sua corte real, onde se afirmam os valores espirituais e culturais. Elegância da língua em que o texto é redigido, encanto da aventura, profundidade dos pensamentos e dos símbolos: O Romance de Sinué merece ser considerado uma obra-prima.


do livro' O Egito dos Grandes Faraós' de Christian


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A grandeza do Rei David


Na obra Chovat HaLevavot (Deveres do Coração), de Rabi Pakuda, consta que "Às vezes, um pecado tem maior efeito sobre o indivíduo do que uma série de boas ações". Imediatamente após a dura repreensão do profeta Nathan por ter tomado Bat Sheva como sua mulher e enviado Uriah à morte, o rei David admite seu grave erro. Ele não se justifica, apesar de ter argumentos em sua defesa, como outros fizeram. Em vez disso, segue a trilha do arrependimento que o leva a aniquilar o mau instinto que nele residia.

Seu erro o impulsionou a alcançar as Alturas. Mais ainda, conseguiu abrir as portas do arrependimento também a nós, seu povo.

Quando um judeu peca, quando se entrega à mercê de D'us, especialmente no Yom Kipur - ele encontra conforto na idéia de que mesmo um homem da estatura de David ha-Melech cometeu erros. Mas se arrependeu. E o confessou. E, por isso, foi perdoado.


Se os maiores homens mencionados na Torá, entre eles, Adão, Moshê e o Rei David, não tivessem errado, que esperança nos restaria, a nós, simples judeus?

A grandeza do Rei David

Ninguém teve uma vida mais difícil do que David, desde que nasceu até o último de seus dias. Cresceu no ostracismo. Mesmo após vencer Golias e fielmente servir ao rei Saul, foi constantemente perseguido pelo monarca.

Quando este morreu, outros sete anos transcorreriam até que o povo aceitasse David como seu rei - ainda que tivesse sido ungido pelo profeta Samuel. E, enquanto Rei, enfrentou a violenta insubordinação do mais valente general de Israel, Yoav; o polêmico episódio que envolveu Bat Sheva; assassinatos, tragédias e revoltas no seio de sua família - e as punições Divinas que recaíram sobre ele.

Contudo, a despeito de tudo o que vivenciou, suas facetas de grandeza humana permaneceram inalteradas. Ao longo de sua vida, sua fé em D'us era completa e inabalável, por mais desestimulantes que fossem as circunstâncias. Incondicionalmente devotado a seu povo, mesmo como Rei, nunca hesitou em enfrentar perigo mortal para defender os seus.

Foi um valente guerreiro e um líder carismático, que alçou seu povo de uma humilhante derrota e do desespero nacional ao triunfo e à autoconfiança. E, quanto mais poderoso se tornava, mais humilde ficava. Reverenciava a D'us e à Sua Torá e aos Profetas. Estava aberto à repreensão, pronto a admitir seus erros. David veio ao mundo para ser, por todo o sempre, o mentor do arrependimento.

Os Salmos de David, que levam o selo indiscutível de um homem sobre quem D'us repousou a Sua Presença, constituem grande parte das orações da liturgia judaica e são recitados dia após dia, inclusive no Shabat e nas festas judaicas. Até hoje, como há milhares de anos, os Salmos têm revigorado o espírito dos seres humanos, inspirando e consolando não apenas o povo judeu, mas toda a humanidade.

Todos os atos do rei David foram em favor de D'us e de Israel. Sua devoção a nosso povo se reflete no último capítulo do segundo Livro de Samuel. O povo de Israel é punido com uma praga terrível, e o Rei que não consegue tolerar o sofrimento de seu povo, suplica a D'us: "Senhor, é fato que pequei... mas este Teu rebanho - que mal fizeram eles?" Em sua devoção a Israel, David aceitava qualquer culpa sobre si para evitar o sofrimento de Am Israel.

Sua vida, tão cheia de percalços, deve ser analisada à luz da História Judaica, que demonstra que D'us desejava que os eventos que levariam à vinda do Mashiach transcorressem em meio a dificuldades, para fazer ver ao homem que os grandes êxitos podem ocorrer mesmo em meio às mais insólitas e difíceis situações. Salta aos olhos o fato de os eventos que levaram ao nascimento do rei David e de sua dinastia - na verdade, o instrumento da Era Messiânica - somente terem sido possíveis através de uma cadeia de desafios e de milagres.


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Tutancâmon



O faraó mais conhecido para o público é um dos mais desconhecido e menos importante da história egípcia. Esse é Tutancâmon. A descoberta de seu túmulo em 1922 por Howard Carter que deu a esse faraó a celebridade mundial.


O príncipe Tutancaton viveu na corte de Amarna, foi rei aos 9 anos e morreu aos 18 anos (1347-1338 a.C). Era filho de Akhenaton, de Amenófis III, ou plebeu... Desposa a terceira filha de Akhenaton, mas está pouco presente na vida pública. Seu nome é mencionado em textos, mas não é representado nas cenas dos túmulos ou nas estelas. Ao casar-se é uma criança unida a uma menina muito jovem. Essa criança se torna faraó, investido do supremo cargo num país conturbado e dominado pela incerteza, dividido entre os partidários de Amon e Aton.


A sagração não se realiza em Amarna e sim em Tebas. Dois homens o protegem:

Ay "pai divino – tenente geral dos carros, hábil cortesão que manteve os contatos entre as duas cidades, conciliador que evita uma guerra cívil;

Horemheb – general de fibra que comanda as forças armadas, verdadeiro senhor do Egito.

Tutancaton passa a ser Tutancâmon, o que mostra o abandono da doutrina de Aton a favor da religião de Amon – o grande deus do império volta a ocupar o primeiro plano.

Uma estela em quartzito, conservada no Museu do Cairo, tinha sido instalada no ângulo nordeste da grande sala hipóstila de Karnak. É nomeada "da restauração" pois conta-nos como, sob a inspiração divina de Amon, Tutancâmon devolveu seu país ao bom caminho. Horemheb que teria inspirado este grande projeto, usurpará o documento, de modo a outorgar-se o benefício das ações empreendidas por Tutancâmon.


Diz-se que o novo rei dirigiu-se ao seu palácio de Mênfis. Aconselhou-se com o seu coração e percebeu que o reinado de Akhenaton havia sido desastroso. Era indispensável restabelecer a harmonia para agradar a Amon e às grandes divindades. Os templos dos deuses e das deusas, de norte a sul, de Elefantina aos pântanos do Delta, encontram-se em estado lamentável. Os santuários estão abandonados. Só restam ruínas. As salas secretas estão todas escancaradas. O culto já não é assegurado de acordo com as tradições. Os deuses deixaram o Egito.


O mais urgente é moldar uma estátua de Amon em ouro e incrustada de pedras raras e maior do que as anteriores. O clero de Tebas ficará satisfeito. Outra estátua será dedicada a Ptah, senhor de Mênfis. Os notáveis e seus filhos são restabelecidos nas suas funções. As riquezas que pertencem aos templos lhe são restituídas. Amon amará assim a Tutancâmon mais do que a qualquer outro faraó.

– Poderíamos crer depois de ler este texto que Tutancâmon desenvolveu uma imensa atividade arquitetônica, mas na realidade só houve renovações no domínio econômico.


Tebas – recupera o estatuto de capital político-religiosa, muitas estátuas apresentam o nome de Tutancâmon
Luxor – vemos o rei oferecer flores a Amon
Heliópolis – se considera o senhor da cidade
Horemheb o general, impediu qualquer tipo de invasão, Tutancâmon lhe deu todos os poderes, era o "escolhido do rei", favorito dos favoritos, o confidente dos confidentes. Horemheb era um escriba, um homem culto, que ama acima de tudo o direito e a justiça.


Com 15 anos e no seu 6º ano de reinado Tutancâmon está habituado ao modo de vida da corte e começa a conhecer o seu ofício de rei. O Egito reafirma sua presença e o jovem faraó está prometido a um futuro brilhante. Mas Tutancâmon morre aos 18 anos, seu túmulo não está pronto e o enterram num modesto jazigo, que não estava destinado a abrigar um rei.


Sua viúva Ankhesenamon, desposará Ay, escreve uma carta ao rei dos hititas. A versão cuneiforme conservou-se:

"o meu marido morreu, os teus filhos são adultos. Envia-me um deles. Desposa-lo-ei e farei dele um rei do Egito".

O rei hitita desconfia e manda outra mensagem perguntando:

Onde está o filho de Tutancâmon? como morreu este?

Esta troca de mensagens leva tempo e há que agir depressa.

"o meu marido morreu, eu não tenho filhos".

Depois de refletir e constatar que a rainha não mentia e que era talvez possível explorar a situação, enviou seu filho para ser coroado no Egito. Mas levou tempo demais e Ay, já tinha se tornado faraó. O jovem rei hitita nunca chegou ao Egito, talvez assassinado, fato que tornou ainda mais tensas as relações entre hititas e egípcios.

Reinado de Ay


É em seu túmulo que está gravado o «Grande Hino a Aton»

Já idoso, reina durante 4 anos ( 1337-1333 a.C ), resolve os assuntos correntes com a aprovação de Horemheb.

Reinado de Horemheb
Reina por 27 anos ( 1333- 1306 a.C ), depois de servir a 3 faraós: Akhenaton, Tutancâmon e Ay. Sua tomada de poder foi legitimada. Desposou uma princesa de sangue real. Usurpou os monumentos de Tutancâmon e de Ay, apaga os três reinados que o precederam e liga-se diretamente a Amenófis III, que considera seu antepassado. Em Tebas manda desmontar as construções de Akhenaton, mas não as destrói. Horemheb reorganiza o Egito. A autoridade central é restaurada. Um verdadeiro faraó está de novo à frente do país. Nem mesmo os mais altos funcionários escapam à justiça.

Sendo um rei piedoso, desconfia da casa sacerdotal, e escolhe alguns sacerdotes entre os seus amigos militares. Reorganiza tribunais, colocando à sua frente homens íntegros. A circulação do Nilo é restabelecida, permitindo que a economia funcione.

Com esse reinado pacífico, chega ao fim a 18ª dinastia, a mais célebre da história egípcia. A 19ª dinastia instaura-se com um rei soldado como Horemheb. O Egito prepara-se para conhecer uma etapa do seu longo percurso em que a guerra assumirá uma importância cada vez maior.

câmon não deixou muitos vestígios históricos, mas o tesouro artístico, espiritual e simbólico que nos legou fez brilhar a glória do Egito por séculos e séculos.


Fonte: 'O Egito dos Grandes Faraós' história & lendas' de Christian Jacq

Ay conduziu as exéquias de Tutancâmon e procedeu ao ritual da abertura da boca na múmia real. Ay era já um homem importante na corte de Amenófis III, seu prestígio cresceu em Amarna, onde foi um dos íntimos de Akhenaton.


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Primeiro Templo, ou de Salomão





Primeiro Templo, ou de Salomão

Quatrocentos e oitenta anos depois que o povo de Israel havia saído do Egito, no quarto ano do reinado de Salomão em Israel; no mês de fevereiro, Salomão começou a construir o Templo (1Reis 6).

No décimo primeiro ano de seu reinado, no mês de agosto, terminou completamente o Templo, levando, portanto, sete anos para construí-lo. Salomão também construiu o seu palácio e levou treze anos (13) para terminá-lo. Salomão reinou em Israel por 40 anos, sete anos da cidade de Hebrom e 33 de Jerusalém, se não me falha a memória.



O primeiro Templo construído por Salomão, entre 967 e 964 a.C., serviu como centro de culto a Deus em Israel por quase 400 anos, até sua destruição em 586 a.C., por Nabucondonossor na tomada de Jerusalém. A destruição do Templo se deu porque Salomão desobedeceu ao Senhor, pois ele havia ordenado que os israelitas não se casassem com mulheres estrangeiras, porque elas fariam com que seus corações se voltassem para outros deuses.

SALOMÃO, além da filha do rei do Egito, casou-se com mulheres hetéias e com mulheres dos países de Moabe, Edom, Amom e Sidom, num total de 700 esposas e 300 concubinas. Construiu na montanha a leste de Jerusalém, lugares para adoração de Quemos, deus de Moabe; Moloque, deus de Amom. Também construiu lugares de adoração, onde suas esposas estrangeiras queimavam incenso e ofereciam sacrifícios aos seus próprios deuses. O SENHOR, DEUS de Israel, havia aparecido duas vezes para Salomão e ordenado que não adorasse deuses estrangeiros. Mas em consideração a DAVI, o Senhor permitiu a destruição do Templo somente após a morte de Salomão, no reinado de seu filho Roboão (1Reis 11).

No dia 10 de outubro, trincheiras foram cavadas em volta da cidade, que ficou sitiada por dois anos. No dia 9 de abril, o rei Sedecias fugiu, mais foi perseguido e preso pelos Caldeus e conduzido ao rei da Babilônia em Rebla (Síria), onde foi julgado. Teve seus olhos vazados, foi acorrentado e conduzido da Babilônia; antes, porém, assistiu a chacina de seus filhos.

Toda a população de Jerusalém, todos os dignatários e homens abastados, num total de 10.000, foram deportados para Babilônia. Inclusive os ferreiros e serralheiros de modo que só ficasse a população pobre do país.

Nabucondonossor em 7 de maio ordenou que o comandante de sua guarda e oficial Nabuzardã ateasse fogo no Templo do senhor, no palácio real e em todas as casas de Jerusalém, além de demolir as muralhas de Jerusalém em toda sua extensão. (o Menorá iluminou este templo por 400 anos)

Segundo Templo, ou de Zorobabel

Entre os 10.000 Israelitas levados cativos a Babilônia, estava o rei Jaconias. O filho de Jaconias, Zorobabel, após 70 anos de escravidão e da morte de Nabucondonossor, obteve de CIRO seu sucessor, a autorização de voltar a Jerusalém, em 536 a.C., e levantar as ruínas do Templo. Mais as obras só começaram por volta de 520 a.C.

Este atraso se deu devido ao fato que os Israelitas eram constantemente hostilizados pelos samaritanos, seus vizinhos, que tinham construído um Templo e, dominados pela inveja, se opunham à reedificação do Templo de Jerusalém. A obra só continuou após Zorobabel obter do rei Dario, sucessor de Ciro, a expedição de decreto, o qual punia com a morte os vassalos que perturbassem os obreiros nos trabalhos de reconstrução da cidade de Jerusalém e do Templo.

Esse segundo templo, ou de Zorobabel, ao que parece foi construído no mesmo lugar que o Templo de Salomão, só que menos imponente. Neste segundo templo, o “Santo dos Santos” foi deixado vazio, pois na destruição de Jerusalém em 586 AC, a Arca da Aliança desapareceu. Diz a lenda que a “Arca da Aliança” fora conduzida aos céus. Voltaremos a falar da Arca da aliança mais tarde, com a Ordem dos Cavaleiros Templários.
Esse segundo Templo foi saqueado por Antioco IV no ano de 168 a.C. Três anos mais tarde, em 165 a.C., Jerusalém foi retomada por Judas Macabeu, que restaurou o Templo e restabeleceu o culto.

Nesta época, surge o candelabro de Nove braços, destacando-se o nono, central, que sobressai dos restantes oito, que são colocados na mesma linha horizontal. É o Hanukah, que significa restauração, comemorando a vitória dos Macabeus (o Menorá iluminou por 420 anos este segundo templo).



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A geografia egípcia

O Egito foi o primeiro povo na terra a criar um Estado nação. Incorporando crenças espirituais e aspirações de seu povo, se estabeleceu como uma teocracia. Com uma cultura extraordinariamente forte, confiante e duradoura, se mantendo por 3000 anos, com pureza de estilo. No antigo Egito – Estado, religião e cultura, formavam uma unidade incontestável.



___________A geografia______________
Impossível conceber a civilização egípcia antiga, sem considerar sua situação geográfica:
o deserto

o rio Nilo

o vale produtivo

Os egípcios se conscientizaram tanto da imobilidade quanto do isolamento nacionais. Achavam ter sempre habitado o vale do Nilo como uma raça diferenciada e que o território com seus desertos circundantes, existira desde a criação. Se enganavam, pois houve uma época que todo o Egito foi habitável. Por volta de 10.000 a.C , as chuvas locais diminuíram aceleradamente, e as pastagens e savanas da planície egípcia se transformaram em deserto.


O Nilo parece ter começado a adquirir seu curso atual há cerca de 10.000 anos. Por muitos milênios, a região desde a Primeira Catarata até Tebas foi um lago, ao passo que grande parte do delta permaneceu alagadiça até a nossa era.


Desde os tempos mais remotos, os egípcios dividiram o país em duas partes:
keme a negra – cultivável e habitável

deshret a vermelha – o deserto

Tal dualismo parece ter sido incorporado pela personalidade egípcia. O próprio país foi visto como dividido em duas metades:
o Vale – Alto Egito

o Delta – Baixo Egito

A configuração geográfica do Egito se completou com suas barreiras externas:
ao sul – as cataratas cortam o país
a oeste – o Deserto líbio
ao leste – o Deserto Oriental, mar Vermelho e o Deserto do Sinaí
ao norte – o Delta


O Nilo – isolado do resto do mundo, o Egito foi dominado pelos ritmos de seu rio. Entre a baixa das águas e a inundação, o volume aquático do Nilo Azul, se eleva em média de 2133 metros cúbicos por segundo para mais de 106.680. Em Elefantina, próximo a Primeira Catarata, e no Velho Cairo, os antigos egípcios estabeleceram os nilômetros – marcos de pedra à margem do rio para registrar e predizer seu comportamento. O Nilo e sua inundação, chamada Hapi, eram venerados como deuses.

Hapi era barbado, com alismas germinando de sua cabeça e seios femininos pendurados em seu corpo, simbolizando a fertilidade.

O ano agrícola começava quando as águas transbordavam, o processo tinha que estar pronto até o fim de maio, quando as águas voltavam a subir. O ano agrícola era constituído de 3 temporadas: 1. inundação 2. semeadura 3. colheita


O Nilo além da fertilidade, proporcionou aos egípcios o transporte, e foi o país da antiguidade com melhor comunicação interna. Construíram barcos de sicômoro, a única árvore que o país produzia em abundância. A indocilidade do rio estimulou a criação e a organização de uma economia de armazenamento.

A emergência do Egito como uma potência civilizada no fim do 4º milênio antes de Cristo – sua "ascensão" como uma cultura incorporada a um Estado e uma economia – foi uma conquista e um processo sobretudo religioso (um dos primeiros centros no Egito a adquirir uma personalidade religiosa definida e a agir como um foco político foi Heliópolis, com o deus-Sol Rá); e foi exatamente o declínio da vitalidade religiosa que levou a cultura egípcia ao colapso nos primeiros séculos da era cristã.

Origem: 'História Ilustrada do Egito Antigo' de Paul Johnson


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